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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
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EP-194 - NEUROSSÍFILIS MENINGOVASCULAR MANIFESTANDO-SE COMO LESÃO EXPANSIVA INTRAPARENQUIMATOSA EM PACIENTE IMUNOCOMPETENTE.
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Matheus H. Tavares Avila, Lara Salgado Saraiva, Adryelle C. Nogueira Luetz, Matheus Dias Girão Rocha, Fernanda Guioti Puga, Gilberto Gambero Gaspar, Natalia Lopes de Faria, Luciano Neder Serafini, Mariângela Ottoboni Brunaldi, Valdes Roberto Bolleta
Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A neurossífilis é uma manifestação que pode ocorrer em qualquer momento da doença (precoce ou tardia). Na fase inicial, predomina a forma de meningite ou meningovascular. Na tardia, quadros neuropsiquiátricos ou lesões com efeito de massa (goma) podem acometer o parênquima. Formas atípicas podem ocorrer, dificultando o diagnóstico.

Objetivo

Relatar caso de neurossífilis meningovascular que mimetiza lesão expansiva em pessoa imunocompetente, diagnosticada por biópsia em investigação de neoplasia cerebral.

Método

Relato de caso.

Resultados

Homem, 28 anos, natural de Ribeirão Preto-SP, heterossexual. Encaminhado à Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto por desvio de rima labial à direita e disartria há 5 dias, com 3 episódios de crises clônicas de hemiface direita e perda de consciência, além de cefaleia há 1 mês. A tomografia de crânio evidenciou hipodensidade parietal esquerda sugerindo edema vasogênico, e a ressonância de encéfalo, uma formação expansiva nodular extraxial e dural parietal esquerda e edema adjacente, sugerindo meningioma ou metástase. O rastreio neoplásico foi negativo, bem como sorologias para HIV e hepatites B e C. O teste rápido treponêmico foi positivo e VDRL 1:2. Paciente relatou lesão peniana única e indolor há 3 meses, tratada com antibiótico oral, sem uso de Penicilina. Realizada craniotomia e exérese de lesão. A biópsia cerebral mostrou neurossífilis meningovascular, com infiltrado linfohistiocitário rico em plasmócitos, focos de vasculite linfocitária e endarterite, necrose do córtex superficial e estruturas compatíveis com espiroquetas. Sem granuloma ou sinais de neoplasia. Após 1 mês, no retorno, paciente relata que parceria apresentou lesões cutâneas palmo-plantares e ambos receberam tratamento com 1 dose de Penicilina Benzatina. Coletado líquor com pleocitose mononuclear, sem glicorraquia ou proteinorraquia relevante e VDRL negativo. Novo VDRL sérico 1:64 e RNM com sinais inflamatórios residuais, optado por tratamento com Penicilina Cristalina por 14 dias. Em seguimento, paciente evolui com resolução de sintomas e da pleocitose no líquor, com VDRL sérico 1:1.

Conclusão

A sífilis é conhecida como a “grande imitadora” e este relato confirma esta definição, demonstrando a pluralidade de apresentações possíveis para a doença e sua importância como diferencial em quadros neurológicos.

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