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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
ÁREA: HEPATITES VIRAIS
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EP-114 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS HEPATITES VIRAIS NO ESTADO DE SÃO PAULO ENTRE 2010 E 2020
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Arthur Mota Pinheiro, Beatriz de Morais Pereira
Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA), Marília, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

As Hepatites Virais (HV) são causadas por diversos agentes etiológicos, com destaque para os vírus da hepatite A, B, C, D e E, os quais, apesar de possuírem afinidade comum pelo tecido hepático, apresentam formas de transmissão distintas e desenvolvem quadros clínico-evolutivos de diferentes gravidades. Considerando que o Sudeste é a região brasileira com maiores índices de HV, especialmente o estado de São Paulo, torna-se importante a realização de um estudo epidemiológico detalhado acerca da transmissão local dessa doença.

Objetivo

Analisar o perfil epidemiológico das HV no estado de São Paulo entre 2010 e 2020.

Método

Estudo epidemiológico descritivo retrospectivo com base em dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificações do Sistema Único de Saúde (SINAN/DATASUS). Incluíram-se os casos confirmados de HV entre 2010 e 2020 no estado de São Paulo. As variáveis utilizadas foram ano do diagnóstico (2010-2020), sexo (feminino ou masculino), faixa etária (< 1, 1-19, 20-39, 40-59, 60-79 e > 80) e fonte da infecção (Ign/bco, sexual, transfusional, uso de drogas injetáveis, vertical, acidente de trabalho, hemodiálise, domiciliar, tratamento cirúrgico, tratamento dentário, pessoa/pessoa, alimento/água e outros).

Resultados

Confirmaram-se 89591 casos, sendo 52607 homens (58,7%) e 36984 mulheres (41,3%). Em relação à faixa etária, predominam pessoas de 40-59 anos, com 44009 casos (49,2%), seguidos de 20-39 anos com 25344 (28,3%), 60-79 anos com 17044 (19%), 1-19 anos com 1891 (2,1%), > 80 anos com 1029 (1,1%) e < 1 ano com 274 casos (0,3%). Quanto à fonte da infecção, destaca-se a sexual, com 12429 casos (13,9%), seguida por uso de drogas injetáveis com 8286 (9,2%), transfusional com 5527 (6,2%), tratamento dentário com 2162 (2,4%), tratamento cirúrgico com 2079 (2,3%), pessoa/pessoa com 1419 (1,6%), domiciliar com 871 (0,98%), alimento/água com 598 (0,66%), vertical com 581 (0,65%), hemodiálise com 234 (0,26%) e acidentes de trabalho com 227 (0,25%), além das 3503 (3,9%) fontes classificadas como “outros” e das 51675 (57,7%) ignoradas.

Conclusão

A maioria dos pacientes com HV é do sexo masculino com idade entre 40-59 anos. A forma mais comum de infecção é a via sexual, justificando o fato de a faixa etária mais acometida ser a com vida sexual ativa. Ressalta-se que a escassez de dados da doença no SINAN/DATASUS após 2020 impossibilitou uma análise epidemiológica atualizada, sendo necessária a notificação de casos recentes para a realização de políticas públicas eficazes no controle da infecção.

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