Journal Information
Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
Full text access
EP-089 - TUBERCULOSE HEPÁTICA DESCOBERTA DURANTE INTRAOPERATÓRIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA
Visits
62
Ludmila Campos Vasconcelos, Rivian Christina Lopes Faiolla Mauriz, Felipe Sousa Rodrigues, Gabriella Rocha Leite, Lillian Socorro Menezes de Souza
Hospital de Doenças Tropicais (HDT), Goiânia, GO, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

More info
Introdução

A tuberculose hepática é uma condição rara descrita pela primeira vez em 1858 por John Bristowe. Seu diagnóstico é desafiador, principalmente quando a doença hepática é isolada, fazendo diagnóstico diferencial com neoplasias e cistos hepáticos. Apresentamos um caso de tuberculose hepática diagnosticado no intraoperatório de cirurgia bariátrica em paciente imunocompetente.

Objetivo

A tuberculose é ainda uma questão de saúde mundial que impacta milhões de indivíduos em todos os continentes. Enquanto a forma pulmonar representa de 80 a 90% dos casos, as formas extrapulmonares tem menor prevalência. A tuberculose hepática associada a forma pulmonar ocorre em 15% dos pacientes, entretanto, a forma hepática isolada é muito rara.

Método

Relato de caso.

Resultados

Mulher de 50 anos, obesa grau II, diabética e hipertensa, procedente de Caiapônia-Go, foi encaminhada para cirurgia bariátrica. Durante o procedimento, um nódulo hepático foi visualizado, contrariando os resultados dos exames de imagem prévios. Devido à suspeita de doença neoplásica ou infecciosa, a cirurgia foi interrompida e uma amostra do nódulo foi enviada para análise anatomopatológica. A biópsia revelou características de doença granulomatosa, descartando malignidade. A paciente estava assintomática. Sorologia para HIV foi negativa. Investigação adicional descartou doença pulmonar em atividade. O diagnóstico de tuberculose hepática foi então assumido, e a paciente iniciou tratamento com o esquema RIPE (rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol). Durante o tratamento, desenvolveu farmacodermia, exigindo internação para ajuste das medicações. Atualmente, após seis meses de tratamento, a paciente permanece assintomática e sem evidência de novas lesões hepáticas em exames de imagem.

Conclusão

Este caso destaca a natureza insidiosa da tuberculose hepática, uma doença grave com significativa morbimortalidade. A ausência de lesões hepáticas nos exames pré-operatórios e a falta de sintomas tornaram o diagnóstico precoce e o início do tratamento desafiadores. Essa situação ressalta a importância da consideração da tuberculose em pacientes com achados inesperados durante procedimentos cirúrgicos, mesmo na ausência de sintomas evidentes.

Full text is only aviable in PDF
Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools