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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-050 - A RELEVÂNCIA DA CULTURA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA POSITIVA NA AQUISIÇÃO DE INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE (IRAS)
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Irla Moana Nunes, Tatiana Eugenio, Glaucia Dias Arriero, Sheila Martins Santos, Vitoria Annoni Lange, Eduardo Servulo Medeiros, Simone Lima Nascimento, Jorge Washington Rabelo, Sandra Regina Carboni, Martin Marcondes Castiglia
Hospital Geral de Pedreira, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A colonização de pacientes por microrganismos multirresistentes (MDR) em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um desafio para os controladores de infecção, devido a maior exposição dos pacientes a procedimentos e dispositivos invasivos, quadro clínico debilitado e sua manipulação pela equipe assistencial, podendo evoluir para uma infecção grave pelo microrganismo colonizante.

Objetivo

Correlacionar a aquisição de IRAS em pacientes previamente colonizados em duas UTI.

Método

Estudo realizado em unidades terapias intensivas de um hospital público na zona sul de São Paulo, entre outubro de 2023 e março de 2024. Na admissão e semanalmente os pacientes internados na UTI são submetidos a coleta de culturas de vigilância epidemiológica, são pesquisados Acinetobacter spp. resistentes a carbapenêmicos, Enterococcus spp resistente à vancomicina (VRE), Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae resistente aos carbapenêmicos. Os pacientes foram monitorados e para os casos com identificação de IRAS foi avaliada à correlação com a cultura de vigilância, se o paciente era previamente colonizado com o mesmo MDR.

Resultados

No período foram notificadas 21 infecções por MDR, sendo que 12 casos foram em pacientes com colonização prévia pelo mesmo agente. Na UTI adulto foram identificados 7 IRAS em pacientes previamente colonizados com o mesmo microrganismo, sendo 3 infecções primárias de corrente sanguínea, 1 infecção do trato urinário e 3 pneumonias, sendo duas associadas a ventilação mecânica. Na UTI neuro foram identificados 5 IRAS, sendo 04 infecções primárias de corrente sanguínea e 01 infecção do trato urinário. Nas 2 UTI foram identificados o total de 12 IRAS em pacientes previamente colonizados com o mesmo microrganismo, sendo 11 associadas a dispositivos invasivos. Destacando a prevalência dos principais microrganismos isolados, 6 Acinetobacter spp., 4 Pseudomonas aeruginosa, 1 Enterococcus spp (VRE), 1 Klebsiella pneumoniae.

Conclusão

Há maior risco de aquisição de IRAS em pacientes previamente colonizados pelo mesmo microrganismo, devido a translocação de sítio por MDR, 92% das IRAS eram associadas a dispositivos invasivos. É importe que as unidades tenham um protocolo de vigilância epidemiológica efetivo, implementem e monitorem às medidas de precaução e avaliem diariamente a possibilidade de remoção dos dispositivos invasivos, como estratégia fundamental para o controle de infecções.

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