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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-032 - RELATO DE CASO DENGUE GRAVE EM IMUNOSSUPRIMIDO EM AMBIENTE HOSPITALAR
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Flávia Dias A. de Oliveira, Gabriel Berg de Almeida, Ricardo de Souza Cavalcante, Ricardo A.M. de B. Almeida, Matheus Soares Baracho Ramos
Universidade Estadual Paulista (UNESP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

O vírus da dengue (DENV) é um dos arbovírus mais importantes (vírus transmitidos por artrópodes) do ponto de vista de saúde pública, conhecido por causar infecção por dengue, transmitida principalmente por Aedes aegypti. Segundo Organização Mundial de Saúde (WHO) mais da metade da população mundial está em risco de contrair essa doença, que aumentou acentuadamente os últimos anos. O Brasil é um dos países que mais realiza transplante de órgãos-sólidos no sistema público do mundo, esse grupo vulnerável de pacientes imunossuprimidos pode desenvolver uma doença mais grave.

Resultados

Paciente sexo masculino, 59 anos, com insuficiência cardíaca com fração reduzida de causa isquêmica internado desde agosto de 2023 para uso de inotrópicos e anti-arrítmicos. Manteve-se internado com necessidade de uso das medicações citadas, sem outras intercorrências e sem necessidade de tratamento de infecções relacionadas a assistência a saude. Em abril de 2024 submetido a transplante cardíaco, após pós cirurgia com discrasia sanguínea, instabilidade hemodinâmica e choque hipovolêmico. Realizado transfusão de hemocomponentes. Após recuperação em unidade de terapia intensiva em uso de dispositivos invasivos, evoluindo com pneumonia associada a ventilação mecânica realizado tratamento antimicrobiano. Permaneceu com piora clínica evoluindo com febre refratária optado por ampliação de cobertura antimicrobiana. Visto persistência de quadro febril sem foco definido, iniciado cobertura anti-fúngica. Paciente evoluiu em 23 dias após transplante com piora respiratória associado quadro abdominal inespecífico evoluindo com febre persistente, ascensão de droga vaso ativa e necessidade de retorno a ventilação mecânica. Além de piora de transaminases e canaliculares evoluindo com quadro de insuficiência hepática aguda. Optado por retorno a antibiótico terapia de amplo espectro e rastreio infeccioso. Coletado teste rápido de dengue com NS1 reagente, IgM e IgG não reagentes. Paciente em piora clinica refratário a medidas evoluindo a óbito em 26 dias após transplante.

Conclusão

No contexto atual da epidemia de dengue, observa-se aumento no número de casos em que os pacientes contarem a doença em ambiente hospitalar e apresentam uma progressão grave. Esse quadro é especialmente preocupante em pacientes imunossuprimidos, principalmente naqueles em período de pós transplante imediato, devido maior risco para evolução para formas graves da doença, incluindo óbito.

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