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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-006 - TENDÊNCIA TEMPORAL DAS COBERTURAS VACINAIS DA BCG EM CAMPINAS E COMPARAÇÃO DOS REGISTROS DO PNI E DO INQUÉRITO VACINAL
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Betania Nepomuceno de Paula, Letícia Bezerra Faria, Paula Alves Alcalá, Vitória Picolotti Elias, Ana Paula França, José Cássio de Moraes, Maria Rita Donalísio
Faculdade de Ciências Médicas (FCM), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A principal estratégia para a prevenção das formas graves de tuberculose é a vacinação com a BCG o mais precocemente possível nos recém-nascidos.

Objetivo

Analisar a tendência temporal das coberturas vacinais (CV) da BCG em Campinas, de 2010 a 2022, com dados Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI) e compará-las com dados do Inquérito de Cobertura Vacinal de Campinas de crianças nascidas em 2017 e 2018. Estas CVs foram analisadas segundo variáveis socioeconômicas e características da mãe e da criança imunizada, a fim de identificar grupos menos aderentes à vacinação.

Método

Estudo ecológico de série temporal das CVs anuais obtidas no SI-PNI. As CVs obtidas no Inquérito de Campinas (n = 1775) de 2017 e 2018 foram comparadas com as do SI-PNI. Foram estudadas as variáveis do Inquérito associadas ao acesso à vacina, entre elas: estratos socioeconômicos, vacinação em serviço público ou privado, dados da mãe (idade, raça/cor referida, escolaridade e estado civil) e da criança (frequência em creches e ordem de nascimento). A comparação das CVs (SI-PNI e Inquérito) e das proporções obtidas das variáveis (vacinados - não vacinados) foi realizada por meio do teste qui-quadrado de Pearson e considerando-se significância se p ≥ 0,05.

Resultados

A tendência temporal da CV da BCG esteve acima da meta de 90% em Campinas até 2017, entretanto, de 2018 a 2021, ficou abaixo do esperado, invertendo a tendência em 2022. Ao analisar os dados do Inquérito nota-se que a CV da BCG de 91,04% foi menor que as registradas no SI-PNI (101,51%) em 2017-18. Crianças em creches apresentaram maiores CV da BCG (93,4%) que as não frequentadoras (87,1%) (p = 0,05). As demais variáveis relacionadas à mãe e à criança não mostraram associação com o status vacinal. As CV da BCG nos estratos A (mais ricos), B, C e D (mais pobres) foram respectivamente, 88,35%, 88,64%, 93,45% e 92,47%.

Conclusão

Reforça-se a necessidade de estratégias para manutenção da CV da BCG no primeiro mês de vida, particularmente nas classes mais ricas. Nota-se ainda discordância entre as CV registradas no SI-PNI e no Inquérito. A creche mostra-se um local estratégico para o monitoramento das CV em crianças.

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