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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
EP 208
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ENFRENTAMENTO DE SURTO POR SUPERBACTÉRIAS EM MEIO AO AUMENTO DA COVID-19 EM 2021
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Jose de Ribamar Barroso Juca Neto, Felipe Barreto Reis, Miguel de Melo Desiderio, Maria Gabriela de Vasconcelos Romero, Marina Feitosa de Castro Aguiar, Isaac Dantas Sales Pimentel, Daniel Freire de Figueirêdo Filho, Ana Carolina Oliveira Cavalcante, Gabriel Oliveira Cavalcante, Franklin Santos, Larissa Pinheiro Barbosa, Ariany Claúdio Lima Mota, Rafael Vilanova Coelho, Melissa Soares Medeiros
Unichristus, Fortaleza, CE, Brasil
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Introdução/Objetivo

O Acinetobacter baumanii resistente ao carbapenem, ou CRAB, é uma bactéria resistente a medicamentos que se espalha em hospitais, principalmente em unidades de terapia intensiva. Pode causar pneumonia, bem como infecções em feridas, sangue e trato urinário, de acordo com o CDC. Essa bactéria representa uma ameaça para pacientes hospitalizados porque podem sobreviver em superfícies por muito tempo, podendo ser responsáveis por surtos. O principal objetivo do estudo foi a descrição de surto em hospital referência para tratamento de Covid-19 no Nordeste/Brasil.

Métodos

Monitoramento do perfil microbiológico durante o período de pandemia pela Covid-19 em 2021, com reconhecimento de principais meses de detecção do Acinetobacter spp. e medidas de controle de surto, em hospital privado com 250 leitos sendo 60 de UTI.

Resultados

No período da pandemia 2021 os meses com maior isolamento de Acinetobacter spp. foram de março a junho, sendo os antimicrobianos mais prescritos no hospital foram: Piperacilina/tazobactam (16%), Ceftriaxona (14%) e Meropenem (12%). Os Gram negativos representaram 71% dos patógenos isolados em 2020 e 60% em 2021, notando-se um aumento das infecções por fungos de 13% em 2020 e 24% em 2021 (sendo predomínio de não albicans 45/73). O Acinetobacter spp. foi isolado em hemoculturas (5,6% total positivas), culturas de material de vias aéreas (18,9% total positivas) e urinoculturas (1,4% total positivas). O perfil microbiológico evidenciou sensibilidade de 53% a amicacina, 5,3% a Piperacilina/tazobactam e Meropenem e, 88,9% a Polimixina B por microdiluição. No período de maior número de infecções nosocomiais houve escassez de polimixina o que modificou o tratamento de escolha para o tratamento de Acinetobacter spp., sendo recomemndada polimixina por 7 dias e se necessário prolongar terapia trocada para associação de Tigeciclina dose dobrada, Amicacina e Ampicilina/sulbactam dose triplicada. As medidas de isolamento por coorte dos pacientes infectados e aventais de uso único foram determinantes para contenção do surto.

Conclusão

Durante a pandemia de 2021, o risco de infecções nosocomiais aumentou e, portanto, a utilização de maior número de antimicrobianos de amplo espectro, permitindo através da pressão seletiva o risco maior de surto por CRAB. O isolamento dos pacientes infectados e uso racional de antimicrobianos são as melhores estratégias para controle de surto por superbactérias.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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