Journal Information
Vol. 28. Issue S1.
IV Congresso Goiano de Infectologia
(July 2024)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 28. Issue S1.
IV Congresso Goiano de Infectologia
(July 2024)
Full text access
ENCEFALOMIELITE DISSEMINADA AGUDA POR DENGUE
Visits
334
Adriana Oliveira Guilardea,b, Tatiane Barbosa Mendes de Freitasa, Ronycley Rocha de Rezendea, Izadora Correa Resendea, Lísia Gomes Martins de Moura Tomicha,b
a Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo, Secretaria Estadual de Saúde de Goiás, Goiânia, GO, Brasil
b Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 28. Issue S1

IV Congresso Goiano de Infectologia

More info
Introdução

A dengue é considerada a arbovirose de maior relevância no mundo, com elevada morbidade e impacto na qualidade de vida dos pacientes. Manifestações neurológicas na dengue são descritas, desde cefaleia intensa, muito frequente, até quadro de meningoencefalite. Nós relatamos um caso de dengue com encefalomielite aguda grave.

Relato de caso

Paciente de 23 anos, sexo feminino, residente no interior do estado de Goiás. Apresentou quadro de febre alta, cefaleia e mialgia. Após uma semana iniciou diminuição da força muscular em membros inferiores (MMII), posteriormente disartria, engasgo e disfagia; progrediu com redução da força em membros superiores (MMSS) e evoluindo com tetraplegia. Submetida a intubação orotraqueal devido ao quadro neurológico. Ao exame: paciente obnubilada, obedecendo comandos simples, como fechar/abrir os olhos, com paresia do abducente à esquerda e nistagmo espontâneo. Tetraplegia, com reflexos patelar e aquileu abolidos bilateralmente; hiporreflexia nos MMSS, cutâneo plantar indiferente bilateral. Exames complementares: Análise do líquor- 81 leucócitos 100% linfomononucleares, glicose 63 mg/dL, proteínas 24 mg/dL; cultura para bactérias no líquor negativa. RT-PCR em tempo real (in house) para arbovírus realizado após 25 dias do início dos sintomas: indetectável vírus Dengue, Zika e Chikungunya. Sorologia para dengue: IgM e IgG reagentes. Sorologia para Zika e Chikungunya: negativas. Ressonância (RNM) de crânio: Focos ovalados de hipersinal no T2/FLAIR localizados na região subcortical do giro frontal médio esquerdo e de menores dimensões no giro frontal médio direito. Associam-se lesões hiperintensas em T2/FLAIR comprometendo o esplênio do corpo caloso, braços posteriores das cápsulas internas, pedúnculo cerebral direito, tegmento mesencefálico, toda a área transversa da ponte e os pedúnculos cerebelares superiores e médios, com efeito expansivo na ponte e pedúnculos cerebelares médios. RNM coluna: Extensa alteração de sinal na medula cervicotorácica desde o nível de C2 até D12, caracterizada por hipersinal no T2 e realce heterogêneo após contraste, acometendo predominantemente cornos anteriores da substância cinzenta.

Conclusão

O quadro clínico/laboratorial/imaginológico foi compatível com encefalomielite disseminada aguda, com repercussão grave para a paciente, mostrando a relevância dessa arbovirose, com potencial de resultar em sequelas graves incapacitantes.

Palavras-chave:
Dengue
Encefalomielite
Manifestação neurológica
Full text is only aviable in PDF
Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools