Journal Information
Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-134
Open Access
EFETIVIDADE DA TARV EM UMA COORTE COM ALTA PREVALÊNCIA DE IDOSOS VIVENDO COM HIV/AIDS
Visits
1329
Karen Gomes Neto, Natália A. Barbosa, Vânia Vieira de Melo, Juliana Olsen Rodrigues, Karen Ingrid Tasca, Alexandre Naime Barbosa
Departamento de Infectologia, Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Botucatu, SP, Brasil
This item has received

Under a Creative Commons license
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 26. Issue S2
More info
Introdução

Em Pessoas Vivendo com HIV/Aids (PHVA), indivíduos com mais de 50 anos são definidos como “idosos” pela maior parte da literatura médica específica, pois esse grupo apresenta maior frequência de comorbidades geriátricas comparado com a população em geral, processo conhecido como envelhecimento precoce. Diversos estudos apontam que tal fenômeno pode estar relacionado com maior chance de falha da Terapia Antirretroviral (TARV) e do contínuo de cuidados em PVHA com mais de 50 anos.

Objetivo

Avaliar o impacto da idade na efetividade da TARV, incluindo resultados imunológicos, virológicos, de progressão da doença e mortalidade.

Método

Coorte observacional entre fev/2020 e jan/2022 incluindo todos os 713 PVHA > 18 anos em uso e retirada regular da TARV por > que 6 meses. Grupos: G1 - PVHA > 50 anos (idosos), e G2 - PVHA < 50 anos (controle). Efetividade da TARV: percentual de participantes que sustentaram Carga Viral do HIV-1 (CV-HIV) menor que 40 cópias/mL (supressão virológica), sendo avaliados também parâmetros como contagem de linfócitos T CD4+, tempo de uso e composição do esquema da TARV vigente, além de variáveis demográficas. Análise dos dados: teste T e correlação de Pearson. O estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa.

Resultados

Sexo masculino: 67%, idade média 46 ± 13 anos, média de tempo de diagnóstico: 12 ± 8 anos, média de tempo de uso de TARV: 10 ± 7 anos. G1 (PVHA > 50 anos): 40% sendo que 89% dos indivíduos de G1 envelheceram já com o diagnóstico de infecção pelo HIV (apenas 11% com diagnóstico após os 50 anos). Esquema TARV predominante: G1 - predomínio de esquemas baseado em inibidor de protease (1 ou 2 ITRN + DRV/r); G2 - predomínio de esquemas baseado em inibidor de integrase (2 ITRN + DTG). Efetividade da TARV: G1 - 92% de supressão virológica vs 90% em G2 (p>0,05). No G1 apenas 11% com CD4<200 vs 21,9% em G2 (p = 0,112). A CV HIV mostrou correlação positiva tanto com o tempo de TARV (p = 0,009) quanto o de diagnóstico (p = 0,002), bem como correlação negativa com as contagens CD4 (p = 0,005). Não houve óbitos durante o período analisado.

Conclusão

A coorte estudada evidencia atualmente alto percentual de PVHA maiores que 50 anos classificados como idosos no total de pacientes assistidos, geralmente indivíduos que estão envelhecendo com HIV, devido justamente à alta efetividade da TARV demonstrada na presente análise. Dessa forma, a atenção para a saúde global do idoso vivendo com HIV/Aids deverá ser tema principal na agenda dos serviços de assistência para os próximos anos.

Full text is only aviable in PDF
Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools