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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-209
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EFEITO DA ESTOCAGEM DE DIFERENTES AMOSTRAS CLÍNICAS DE PACIENTES COM PARACOCCIDIOIDOMICOSE NA REPRODUTIBILIDADE DE TESTES DIAGNÓSTICOS
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Karina Andressa Tomazini, Beatriz Soares Pereira, Tatiane Fernanda Sylvestre, Ricardo Souza Cavalcante, Lídia Raquel Carvalho, Rinaldo Poncio Mendes
Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Botucatu, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S2
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Introdução

A avaliação sorológica pelo teste de imunodifusão dupla em gel de agar (IDD) é utilizada em diagnóstico, avaliação de gravidade e seguimento de pacientes com paracoccidioidomicose-PCM. Um banco de amostras biológicas, associado ao registro de dados clínicos, permite o desenvolvimento de pesquisas em menor tempo.

Objetivo

Este estudo teve dois objetivos: 1) comparar os títulos de anticorpos séricos determinados por ocasião de sua coleta (teste) e após descongelamento (reteste), avaliando a influência da estocagem a -80oC por diferentes períodos; 2) comparar os títulos obtidos em soro e plasma e avaliar a influência da estocagem a -20°C por até 6 meses.

Método

O estudo foi realizado em pacientes com PCM confirmada, utilizando-se a IDD realizada com antígeno filtrado de cultura do P. brasiliensis B339. No primeiro estudo, os níveis de anticorpos foram determinados 160 amostras de soro de pacientes com a forma crônica (FC) e 20 com a forma aguda/subaguda (FA), estocados há mais de seis meses; no reteste, o executor não foi o mesmo e o antígeno não provinha da mesma amostra. No segundo estudo, foram avaliadas 81 amostras de soros e plasma com EDTA ou com heparina de 27 pacientes, com avaliação do efeito da estocagem por 6 meses; neste estudo, executor e antígeno foram os mesmos. Foram consideradas discordantes as diferenças maiores que uma diluição. Utilizaram-se os testes de Kruskal-Wallis, Friedman, Marascuilo, qui-quadrado e de Goodman, admitindo-se p ≤ 0,05 para indicar diferença significativa.

Resultados

No primeiro estudo, a comparação dos títulos iniciais com os obtidos após descongelamento revelou medianas com diferença de uma diluição. Na discordância de títulos observou-se: a) presente em 30% das amostras da FA e 18% da FC (p = 0,13); b) ausente em soros estocados por até 3 anos e presente em frequência crescente com o tempo de estocagem – 3 a 6 anos e >7 anos. No segundo estudo, os títulos observados em soro, plasma-EDTA e plasma-heparina não diferiram entre si e apresentavam correlação positiva. Além disso, a estocagem por até 6 meses não interferiu nas titulações de nenhum dos espécimes avaliados.

Conclusão

A estocagem a -80oC por até seis anos pouco influiu na dosagem de anticorpos séricos por IDD, permitindo sua utilização segura em estudos que dependam de sua avaliação. A concordância entre titulações realizadas em soro e plasma sugere manter o armazenamento de amostras de soro - maior simplicidade e menor custo.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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