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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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DETERMINAÇÃO DO PERFIL DE MIRNAS RESPONSIVOS A INFECÇÃO PELO VÍRUS MAYARO EM CÉLULAS VERO
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Juliana Santana de Curcio
Corresponding author
julianadecurcio1@gmail.com

Corresponding author.
, Lívia do Carmo Silva, Isabela Pavanelli de Souza, Luiz Henrique Alves Costa, Elisangela de Paula Silveira Lacerda
Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/objetivo

Arboviroses são uma classe de doenças transmitidas por vetores hematófagos infectados por vírus. O Brasil, por ser um país tropical, possui características que permitem o desenvolvimento tanto de vetores quanto de vírus patogênicos. Para o sucesso dessas infecções, é necessária a capacidade desses vírus de sobreviver no vetor e, consequentemente, infectar um hospedeiro humano. Nesse processo, vários mecanismos de interação patógeno e hospedeiro estão envolvidos. Entretanto, alguns dados da literatura têm demonstrado que a expressão de pequenos RNAs regulatórios denominados microRNAs pode regular genes do hospedeiro para inibir a replicação viral ou ainda ter como alvos regiões do genoma desses vírus. Portanto, o presente trabalho visa descrever o perfil de expressão de miRNAs em células Vero após a infecção com o vírus Mayaro (MAYV).

Métodos

As células VERO (ATCC n° CCL-81) foram infectadas com a cepa de MAYV (GenBank KT818520.1) em um MOI de 5:1 em diferentes tempos (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 24 horas) é os ensaios de MTT, azul de tripan e imagens de campo claro com microscópio foram realizados. Análises in silico com miRNAs de células do hospedeiro, caracterizados como responsivos à infecção pelos arbovírus Dengue, Zika e Chikungunya, foram analisadas quanto à complementariedade a regiões UTR do genoma de diferentes isolados de MAYV, por meio de ferramentas de bioinformática como RNAhybrid, miRBase e BLAST.

Resultados

No ensaio de MTT, a viabilidade média das amostras nos tempos de infecção de 3, 4, 6 e 24 horas foi de 95%, 87%, 81% e 80%, respectivamente. Na contagem por azul de tripan, a porcentagem de células viáveis entre os tempos permaneceu em torno de 90% até as 3 horas iniciais pós-infecção, e posteriormente, nos tempos de 4, 5, 6 e 24 horas, a viabilidade permaneceu em torno de 85%, sendo que em 24 horas tivemos a menor taxa, com 82%. O efeito citopático começou a ser detectado após 6 horas de infecção. Com relação às análises in silico, vários miRNAs, como mir-744-5p, mmu-mir-27b-5p, mmu-mir-423-5p e mmu-mir-193b-3p, apresentaram homologia com regiões do genoma do MAYV que codificam proteínas, como NSP1, 2, 3 e 4, e glicoproteínas.

Conclusão

Nesse sentido, os dados demonstram a capacidade de infecção do vírus em células Vero. Além disso, as análises in silico indicam que miRNAs produzidos por células de mamíferos também podem ser complementar a regiões UTR de proteínas do MAYV.

Palavras-chave:
miRNAs MAYV infecção Vero patógenos
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