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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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DETERMINAÇÃO DE UROPATÓGENOS RESISTENTES À FOSFOMICINA ISOLADOS DE PACIENTES ATENDIDOS EM 34 UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE (UBS) E COMPARAÇÃO DOS MÉTODOS PARA DETECÇÃO DE RESISTÊNCIA À FOSFOMICINA
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Inneke Marie van der Heijden Natárioa,b,
Corresponding author
inneke.heijden@gmail.com

Corresponding author.
, Daniela Alexandre Verlotta Pestilia, Alexandre José Natárioa, Catarina Pallares de Almeidaa, Nazareno Scacciab, Heloisa de Faria Baltazarc, Fernando Luiz Affonso Fonsecaa, Silvia Figueiredo Costab
a Centro Universitário FMABC, Santo André, SP, Brasil
b Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP, Brasil
c Secretaria Municipal de Saúde do Município de São Bernardo do Campo, São Bernardo do Campo, SP, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/Objetivos

As infecções do trato urinário (ITU) são infecções bacterianas comuns e o uso empírico de antimicrobianos na comunidade é crescente, principalmente da fosfomicina oral. Para determinar os principais uropatógenos, avaliamos os resultados de uroculturas de pacientes atendidos em UBS, a suscetibilidade à fosfomicina e aos carbapenêmicos e a frequência da prescrição de fosfomicina oral.

Métodos

Os dados da cultura de urina foram obtidos do Programa Matrix Diagnosis durante janeiro a dezembro de 2021. A identificação foi realizada por sistema automatizado BD Phoenix e os antibiogramas interpretados de acordo com BrCAST. A detecção de carbapenemases foi confirmada por método imunocromatográfico RESIST-3 Coris BioConcept. O método de disco-difusão para fosfomicina foi comparado à diluição em ágar. Os dados epidemiológicos e clínicos foram avaliados usando EpiInfo.

Resultados

Foram realizadas 56.949 uroculturas em 2021 em 34 UBS, localizadas na cidade de São Bernardo do Campo/SP. Resultados positivos foram detectados em 12,9% de 6.033 pacientes (87,3% mulheres; idade média 49,3; mediana 50). Entre 7.264 culturas positivas, 61,4% apresentaram crescimento de E. coli, 8,6% de K. pneumoniae e 8% de E. faecalis. Um total de 1,1% de isolados bacterianos resistentes à fosfomicina foi obtido de diferentes pacientes (75% mulheres; idade média 57,7). K. pneumoniae foi identificada em 38,75% e E. coli em 30%. 22,5% de Enterobacterales foram resistentes a pelo menos um carbapenêmico, sendo 10% produtores de carbapenemase KPC e 12,5% ESBL positivos. As CIMs da fosfomicina variaram de 0,25 a 256 ug/mL. Apenas 8,75% de erros graves foram encontrados no método de difusão em disco (nenhum erro muito grave). Durante o ano de 2021, foram prescritos 1.917 sachês de fosfomicina oral em dose única em todas as UBS (média de 161,5/mês). Sete isolados resistentes à fosfomicina foram detectados na UBS Alvarenga, onde foram dispensados 161 sachês. Entre 44 pacientes que responderam a um questionário, 68,2% relataram ITU recorrente e 50% usaram antimicrobianos nos últimos 6 meses. Apenas um paciente recebeu fosfomicina oral devido a ITU recorrente.

Conclusões

E. coli ainda é o uropatógeno mais frequente e a resistência aos carbapenêmicos foi detectada nas UBS. A triagem para resistência à fosfomicina pode ser feita por difusão em disco, uma técnica boa e simples. A resistência à fosfomicina é incomum e ainda pode ser usada para tratamento de ITU em UBS brasileiras.

Palavras-chave:
Infecções comunitárias Infecções urinárias Resistência bacteriana Fosfomicina Teste de suscetibilidade
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