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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 307
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DESFECHO DE PACIENTES COM TUBERCULOSE PERTENCENTES A POPULAÇÕES VULNERÁVEIS NO BRASIL, EM 2020
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Keila da Silva Goes Di Santo, Aurea Angélica Paste, Hagar Senhorinha de Almeida Maturino, Victor Oliveira Rocha, Gilmar Santos Oliveira Junior, Gislaine Mendes Coelho, Mariana Souza Santos Oliveira, Lara Moraes Torres
Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, Brasil
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Introdução/Objetivos

Tuberculose é uma doença infectocontagiosa multissistêmica, causada pela Mycobacterium tuberculosis. Em 2020 o Brasil se manteve entre os 30 países de maior incidência da patologia. A pobreza e a exclusão social impõem maior vulnerabilidade para o adoecimento de alguns grupos populacionais. Assim, é um importante problema de saúde pública, fortemente influenciado por desigualdades socioeconômicas. Diante disso, o estudo buscou descrever os desfechos de pacientes com tuberculose pertencentes a populações vulneráveis no Brasil, em 2020.

Métodos

Trata-se de um estudo transversal, realizado em todos os estados do Brasil, em 2020, utilizando como base de dados o Sistema de Agravos de Notificação - SINAN. A população estudada foi de pacientes que obtiveram diagnóstico de tuberculose (TB) em 2020, pertencentes às populações: pessoas privadas de liberdade (PPL); população de rua e imigrantes. Os desfechos avaliados foram: óbito por tuberculose, óbito por outras causas; abandono do tratamento; tuberculose resistente a drogas (TB-DR); e cura. Os dados foram tabulados no Excel 2019, em que foi calculado o percentual (%) do desfecho estudado em relação ao total de doentes da população analisada.

Resultados

Em 2020, 86166 pessoas foram diagnosticadas com TB: 10514 eram PPL (12%); 3530 pertenciam à população de rua (4%) e 586 eram imigrantes. O percentual de cura na população total foi de 34%; para a PPL, imigrante e população de rua foi de 41,8%; 30,4% e 15,8%, respectivamente. O percentual de óbitos por TB no total foi de 3,2%; para a PPL, imigrante e população de rua foi de 0,6%; 3,9% e 5,9%, respectivamente. O percentual de óbitos por outras causas no total foi de 3,7%; para a PPL, imigrante e população de rua foi de 1,1%; 4,3% e 5,4%, respectivamente. O percentual de abandono do tratamento no total foi de 8,8%; para a PPL, imigrante e população de rua foi de 0,4%; 10,2% e 24,6%, respectivamente. O percentual de TB-DR no total foi de 0,8%; para a PPL, imigrante e população de rua foi de 0,7%; 1,2% e 1,3%, respectivamente.

Conclusão

O estudo obteve dados que demonstram elevada incidência de tuberculose em populações vulneráveis. A população de rua apresentou os menores índices de cura, maiores índices de óbitos, abandono do tratamento e TB-DR. Os achados são compatíveis com estudos prévios que demonstram que a população de rua é considerada o grupo de maior vulnerabilidade para a doença.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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