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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐182
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CRIPTOCOCOSE DISSEMINADA E ASPERGILOSE INVASIVA EM PACIENTE COM SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA
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Rômulo Pereira Santos, Luiz Felipe Silveira Sales, Camila Xavier Cabral
Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), Goiânia, GO, Brasil
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12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) é o estágio final da infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e corresponde à fase de imunossupressão grave com presença de infecções oportunistas que ameaçam à vida do paciente e, que muitas vezes, são um grande desafio para o infectologista no que diz respeito ao diagnóstico e manejo do quadro. Com a terapia antirretroviral a aspergilose invasiva tornou‐se uma doença incomum no paciente com SIDA.

Objetivo: Descrever um caso de criptococose disseminada em um paciente com SIDA e coinfectado com aspergilose pulmonar invasiva.

Metodologia: Paciente, 42 anos, sexo masculino, usuário de drogas ilícitas, tabagista, com diagnóstico recente de infecção pelo HIV (contagem de linfócitos T CD4 de 31 e carga viral de 122.442 cópias/mL). Há 60 dias da admissão, apresentando diarreia não sanguinolenta e perda ponderal. Referia tosse seca há 15 dias e febre vespertina. Teste rápido molecular para tuberculose não detectável em escarro e lavado broncoalveolar. A tomografia de tórax evidenciou lesão escavada com parede espessa no segmento superior do lobo inferior do pulmão direito associada à focos de consolidação e opacidades centrolobulares. Antígeno criptocócico sérico de 1/4 e liquórico de 1/32. Foi então iniciado o tratamento para criptococose disseminada (com neurocriptococose) com anfotericina B desoxicolato e fluconazol. Paciente apresentou 3 culturas positivas para Aspergillus sp, duas em lavado broncoalveolar e uma em escarro. Evoluiu com melhora clínica e recebeu alta para continuação do tratamento em unidade de menor complexidade. Foi proposto, após terapia de indução da neurocriptococose, tratamento com voriconazol.

Discussão/Conclusão: A coinfecção de criptococose e aspergilose é um evento raro, com poucos casos descritos na literatura, sendo que o seu tratamento é um desafio. O diagnóstico das infecções oportunistas bem como o tratamento precoce das mesmas são fundamentais para o sucesso terapêutico do paciente. A aspergilose invasiva é uma doença grave e comum em pacientes neutropênicos prolongados, transplantados de órgãos sólidos e células‐tronco, sendo rara nos pacientes com imunossupressão adquirida, como na infecção pelo HIV e denota a importância dos diagnósticos diferenciais nos pacientes com imunodeficiência grave.

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