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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
EP 054
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COVID-19 SE APRESENTANDO COMO UMA DOENÇA EXANTEMÁTICA: UM RELATO DE CASO
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Matheus Todt Aragãoa, Eusébio Lino dos Santos Júniorb, Tainah Dantas Ataidec, José Seabra Alves Netod, Nathalia Vasconcelos Barroso Todt Aragãoc
a Universidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristóvão, SE, Brasil
b Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
c Universidade Tiradentes (UNIT), Aracaju, SE, Brasil
d Centro Especializado Oftalmológico Queiroz (CEOQ), Itapetinga, BA, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Desde o início da pandemia do COVID-19, a maioria dos estudos focou em adultos sintomáticos. A caracterização das manifestações clínicas e laboratoriais na população pediátrica é essencial para orientar o cuidado desses pacientes para predizer a gravidade da doença e determinar o prognóstico. Ao contrário do que é observado em adultos, a maioria das crianças apresenta condições leves e muitas vezes são assintomáticas. As erupções cutâneas são caracterizadas por eritema agudo, rapidamente progressivo, geralmente de curta duração. São manifestações usuais de diversas doenças relacionadas à infância, desde causas infecciosas, até indeterminadas. As infecções virais são uma das principais causas de erupção cutânea em crianças. Neste relato será descrito o caso de uma criança com rash cutâneo inespecífico secundário ao COVID. Menina de 3 anos, hígida, sem alergias nem uso de medicamentos ou exposições importantes, iniciou febre alta com astenia importante há 3 dias, sem sintomas respiratórios ou diarreia. Após a defervescência, surgiu rash cutâneo maculopapular pruriginoso difuso. Na investigação de doença exantemática, foi solicitada RT-PCR para SARS-CoV-2, cujo resultado foi detectável. A paciente recebeu sintomáticos e cerca de seis dias depois teve melhora das lesões cutâneas. Crianças com COVID-19 geralmente apresentam manifestações mais leves, possivelmente devido à subexpressão da enzima conversora de angiotensina (ECA). Dentre os sinais possíveis, lesões dermatológicas estão inclusas. Os mecanismos fisiopatológicos que potencialmente explicam tais achados são uma resposta de hipersensibilidade ao vírus, liberação de citocinas, deposição de microtrombos e vasculite. Em um estudo italiano, 44% dos pacientes desenvolveram lesões cutâneas. Estas são geralmente autolimitadas e não necessariamente ligadas à pior evolução. O diagnóstico diferencial é difícil e inclui outras doenças virais, alergias e farmacodermias. O conhecimento de que a COVID-19 também produz repercussões extrapulmonares subsidia o reconhecimento das manifestações dermatológicas. A população pediátrica costuma apresentar sintomas leves e o aparecimento da erupção não se mostra um indicativo de gravidade. Portanto, a identificação e diferenciação das afecções exantemáticas em crianças decorrentes do COVID-19, embora pouco frequentes, são relevantes, pois essa população pode representar uma fonte de alta transmissibilidade.

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