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Vol. 28. Issue S3.
IX Congresso de Infectologia do Estado do Rio de Janeiro
(November 2024)
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IX Congresso de Infectologia do Estado do Rio de Janeiro
(November 2024)
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CONHECIMENTOS SOBRE A AÇÃO DOS MOSQUITOS GENETICAMENTE MODIFICADOS NO CONTROLO DA DENGUE E OUTRAS ARBOVIROSES, NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA, PORTUGAL
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Bernardo Jorge Rodrigues Marques, Carla Alexandra Gama Carrilho da Costa Sousa, Luzia Augusta Pires Gonçalves, Rosa Maria Figueiredo Teodósio
Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT), Lisboa, Portugal
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Vol. 28. Issue S3

IX Congresso de Infectologia do Estado do Rio de Janeiro

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Introdução

Em 2005 foram detetados, pela primeira vez, mosquitos da espécie Aedes aegypti em Portugal, na Região Autónoma da Madeira. Em 2012 a região sofreu um surto de dengue, sendo registados 1084 casos. É consensual a necessidade do envolvimento das comunidades nas intervenções de controlo vetorial.

Objetivos do estudo

Caracterizar conhecimentos da população da Madeira sobre a utilização de mosquitos geneticamente modificados (MGM) como estratégia de controlo vetorial. Materiais e métodos: Foi aplicado um questionário a adultos residentes nas freguesias do município do Funchal com cota abaixo dos 200 metros (São Martinho, Santa Maria Maior, Sé, São Pedro, Santa Luzia, Imaculado Coração de Maria) em março-abril 2019. Selecionaram-se aleatoriamente as residências para aplicação do questionário; em cada residência foi selecionado aleatoriamente um indivíduo; utilizou-se uma amostragem estratificada por sexo.

Resultados

Participaram no estudo 1270 indivíduos, idade média 53,5 anos, 44,6% do género masculino, 29% com 12° ano de escolaridade, 23,4% com licenciatura/mestrado. No subgrupo (11,9%, IC a 95% [10,2; 13,8] 151/1270) que ouviu falar/leu sobre MGM, 42% conhecem as técnicas de supressão e 36% as de substituição; Fontes de informação: TV 57,6%, internet 51%, jornais 40,4%.

Respostas

“Os MGM não são compatíveis com uso de estratégias tradicionais” Desconheço (D) 15,2%, verdade (V) 16,5%, falso (F) 56,3%, possível (P) 6,6%; “Libertar MGM pode não ser suficiente para controlar o número de mosquitos e de doentes” D 5,3%, V 61,5%, F 3,3%, P 25,2%; “Utilizar MGM diminui o número de mosquitos e doentes apenas em situações/lugares específicos” D 13,9%, V 43%, F 11,3%, P 25,8%; “Com o tempo os MGM perdem eficácia” D 35,7%, V 15,2%, F 23,2%, P 17,2%; “Os custos de libertação de MGM são superiores aos das estratégias tradicionais” D 32%, V 43%, F 16%. Quem tem maior nível de escolaridade ouviu falar/leu sobre MGM (p < 0,001) e responde mais vezes adequadamente às questões colocadas (p < 0,005). Conclusões: A grande maioria da população da Madeira nunca ouviu falar/leu sobre MGM. Verifica-se elevado nível de desconhecimento do possível controlo de vetores com utilização de MGM e compatibilidade com as estratégias tradicionais. Torna-se essencial aumentar a informação da população para garantir os pressupostos de transparência, entendimento mútuo e envolvimento ativo da comunidade se no futuro se desejar utilizar esta abordagem de controlo de vetores no território.

Palavras-chave

Dengue, Ilha da Madeira, Controlo Vetorial, Conhecimentos.

Conflito de interesse

Sem qualquer conflito de interesses para nenhum dos autores.

Ética e financiamentos

Sem qualquer conflito de interesses para nenhum dos autores.

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