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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
EP 010
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COMPARAÇÃO DA EFETIVIDADE DO MEROPENEM NAS FASES PRECOCE VERSUS TARDIA DO CHOQUE SÉPTICO ATRAVÉS DA ABORDAGEM FARMACOCINÉTICA-FARMACODINÂMICA EM PACIENTES QUEIMADOS
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Claudia Garcia Messianoa, Elson M. Silva Juniorb, João M. da Silva Juniorb, Aline S. Gomidesb, Gabriela A. Pereirab, Tiago C. de Oliveirab, David S. Gomezb, Silvia R.C.J. Santosa
a Centro de Farmacocinética Clínica, Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF), Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil
b Divisão de Cirurgia Plástica e Queimaduras, Instituto Central (IC), Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Introdução/Objetivo

O meropenem é um carbapenêmico de amplo espectro largamente prescrito para pacientes sépticos graves em terapia intensiva das infecções causadas por patógenos hospitalares Gram-negativos. Este estudo busca comparar a efetividade do meropenem em pacientes sépticos grandes queimados na fase precoce com a fase tardia do choque séptico através da abordagem farmacocinética-farmacodinâmica (PK/PD).

Método

Aprovação CAEE 07525118.3.0000.0068. Nenhum dos autores possui conflito de interesse. Dez pacientes, 3F/7M, função renal preservada, e indicação do antimicrobiano foram incluídos. Na terapia do choque séptico utilizou-se o regime 1 g qh8h infusão 3 horas, após 48 horas do início da terapia, duas amostras de sangue foram coletadas (2 mL /cada) na 3ª h e 5ª h. A farmacocinética foi estimada através do programa Noncompartmental data analysis. O monitoramento sérico do fármaco foi realizado por cromatografia líquida. Os parâmetros farmacocinéticos (PK) dos pacientes foram comparados aos dados descritos em voluntários sadios. A abordagem PK/PD foi realizada com base na dosagem sérica do meropenem e na concentração inibitória mínima do patógeno isolado para avaliar se o alvo terapêutico de 100%f DT>CIM foi atingido.

Resultados

Características dos pacientes na admissão, medianas: 36 anos, 71 kg, IMC 24 kg/m2, 29% TBSA, SAPS3 60; intubação orotraqueal e lesão inalatória (8/10), com necessidade de agentes vasopressores (5/10). Evidenciou-se diferença significativa (p < 0,05) na farmacocinética, no Set 1 pela comparação com voluntários sadios; tal resultado impactou positivamente a cobertura antimicrobiana do meropenem. Registrou-se ainda diferença significativa entre seguimentos Set 1 versus Set 2, com redução da cobertura na fase tardia. O alvo terapêutico foi atingido para os pacientes queimados contra 10 culturas de Enterobacteriaceae/7 isolados e Non-Enterobacteriaceae/ 3 isolados CIM 0,25 até 4 mg/L. A terapia combinada de meropenem-colistina ocorreu para dois pacientes com isolados de KPC e P.aeruginosa.

Conclusão

As alterações farmacocinéticas ocorridas durante o choque séptico causaram o aumento dos níveis séricos de meropenem. A cura clínica foi alcançada na fase precoce em 8/10 pacientes; enquanto que em 2/10 pacientes a colistina foi adicionada para a erradicação de patógenos Gram-negativos resistentes ao meropenem, CIM > 16 mg/L.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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