Journal Information
Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
Full text access
COINFECÇÃO TUBERCULOSE, HISTOPLASMOSE E CRIPTOCOCOSE EM PACIENTES HIV/AIDS: RELATO DE CASO
Visits
787
Andressa Noal
Corresponding author
dressa.noal@gmail.com

Corresponding author.
, Julia Somenzi De Villa, Greici Taiane Gunzel, Pedro Moreno Fonseca, Frederico da Cunha Abbott
Hospital Nossa Senhora da Conceição, Porto Alegre, RS, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

More info
Introdução

Pacientes com AIDS estão sob risco de formas disseminadas da histoplasmose e criptococose, doenças que implicam em elevada letalidade. Estima-se que a coinfecção com tuberculose pode ocorrer entre 8% a 15% das pessoas infectadas com HIV e afligidos com histoplasmose, essa coinfecção possui implicações no tratamento sobretudo no contexto de interações medicamentosas. A dificuldade diagnostica se dá pois o tempo de cultura para crescimento de determinados patógenos, principalmente Histoplasma capsulatum e Mycobacterium tuberculosis, o que pode atrasar o início do tratamento.

Caso clínico

Trata-se de duas pacientes jovens com diagnóstico de HIV por transmissão vertical e cargas virais persistentemente elevadas por não adesão aos antirretrovirais. Ambas com imunossupressão avançada, realizaram na admissão testes point-of-care com resultados positivos para TB-LAM (antígeno urinário para tuberculose), CrAg (antígeno sérico para criptococose) e antígeno urinário para histoplasmose. A paciente 1 procura atendimento com queixas gastrointestinais, febre de evolução subaguda e lesões cutâneas hipercrômicas disseminadas. Contagem de linfócitos TCD4 de 6. Exame liquórico com células leveduriformes encapsuladas no exame direto e Cryptococcus neoformans isolado em cultura. Presença de Histoplasma capsulatum em hemocultura e em lesões de pele corados por Grocott. Diagnóstico de neurocriptococose, histoplasmose e tuberculose disseminadas. A paciente 2 queixava de febre, perda de peso significativa, fadiga, tosse e lesões cutâneas hipercrômicas difusas com evolução de 5 meses. Contagem de linfócitos TCD4 de 8. Investigação sem sinais de envolvimento de SNC. Não foram isolados germes em hemoculturas, biópsia de pele e cultura de LCR, contudo a paciente evoluiu com melhora clínica após terapias instituídas. Ambas receberam anfotericina lipossomal, flucitosina e esquema básico para tuberculose com Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida e Etambutol. Após alta, realizaram terapia de manutenção com anfotericina lipossomal no Hospital Dia da Infectologia devido a interação de itraconazol com rifampicina.

Comentários

Pacientes gravemente imunossuprimidos podem apresentar infecções simultâneas e nem sempre ter a apresentação clínica clássica que pacientes imunocompetentes podem apresentar. Realização de testes point-of-care permite identificar precocemente doenças com grande potencial de gravidade, possibilitando tratamento precoce.

Palavras-chave:
HIV Histoplasmose Criptococose Tuberculose Testes Point-of-Care
Full text is only aviable in PDF
Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools