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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-014
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COINFECÇÃO TUBERCULOSE E COVID-19
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Nanci Michele Saita Santos, Marcia Teixeira Garcia, Amanda Tereza Ferreira, Michele de Freitas Neves Silva, Elisa Donalisio Teixeira Mendes, Marcus Vinicius Rodrigues de Agrela, Antonio Camargo Martins, Rodrigo Nogueira Angerami, Christian Cruz Hofling, Mariangela Ribeiro Resende
Hospital de Clínicas, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S2
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Introdução

A pandemia de COVID-19 impactou no diagnóstico e tratamento da tuberculose (TB), principalmente em relação a descoberta precoce dos casos de tuberculose e supervisão do tratamento diretamente observado. Além disto, a coinfecção TB e COVID-19 deve ser estudada no sentido de compreender a interação destes dois patógenos e o impacto na apresentação e desfechos clínicos.

Objetivo

Descrever e avaliar o desfecho dos casos de coinfecção tuberculose/COVID-19 em um hospital de referência.

Método

Trata-se de um estudo descritivo, realizado com dados secundários do banco de dados dos casos internados por Síndrome Respiratória Aguda Grave de um hospital de referência do interior paulista e do Sistema de Informação TB-WEB para confirmação dos casos notificados de tuberculose. Foram selecionados os casos de COVID-19 confirmados por RT-PCR ou critério clínico radiológico, internados no hospital, que tinham tuberculose ativa (história prévia ou atual de tuberculose). Analisado as variáveis sociodemográficas (sexo, idade e raça/cor), forma clínica (pulmonar, extrapulmonar, pulmonar e extrapulmonar), comorbidades e desfecho dos casos internados (alta para tratamento ambulatorial, óbito).

Resultados

Dentre os 2.565 casos de COVID-19 positivos, 2.383 foram internados. Tuberculose e COVID-19 foi diagnosticada em 14 casos, em 8 a tuberculose foi diagnosticada e curada previamente e em 6 o diagnóstico de tuberculose ativa ocorreu durante a internação por COVID-19. Das variáveis sociodemográficas, 79,0% eram do sexo masculino, 71,0% tinham mais de 40 anos de idade, 79,0% eram brancos. Em relação a forma clínica, 86,0% tinham a forma pulmonar, 14,0% a forma extrapulmonar. Quanto as comorbidades, 29,0% faziam uso de álcool, 21,0% de drogas, 21,0% tinham doença renal, 7,0% HIV, 7,0% diabetes. Em relação ao desfecho dos casos durante a internação, 9 (64%) casos receberam alta hospitalar e 5 (36,0%) foram a óbito. Dos que foram a óbito, 4 pacientes receberam o diagnóstico de TB ativa e iniciaram o tratamento intra-hospitalar, eram predominantemente adultos jovens, que faziam uso de drogas e que apresentaram resultados microbiológicos baciloscopia, TRM-TB e cultura positivos.

Conclusão

Observou-se a ocorrência de diagnóstico tardio de tuberculose entre os casos positivos de COVID-19 que foram internados associado à elevada letalidade.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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