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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 283
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COINFECÇÃO COVID-19 E MALÁRIA: UM RELATO DE CASO
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Thaís Alarcon Duarte Bragaa, Lísia Gomes Martins de Moura Tomichb
a Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), Goiânia, GO, Brasil
b Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução

Febre e cefaleia são comuns em várias doenças infectocontagiosas, entre elas a malária, que segue sendo um problema de saúde pública no mundo. É possível que a linfopenia observada em pacientes com COVID-19 possa aumentar a vulnerabilidade à malária e a outras infecções. Relata-se, então, caso de paciente com coinfecção COVID-19 e malária. Homem de 40 anos previamente hígido apresentou cefaleia, mialgia e febre, sem tosse ou dispneia. Retornou há 18 dias de área rural do Estado de Mato Grosso. Apresentou piora da cefaleia 8 dias após, procurando atendimento. Iniciou febre de 38,7°C, 10 episódios de vômitos. mas estado geral era regular, estava hipocorado, desidratado, ictérico, FC 95 bpm, PA 145 × 90 mmHg, SpO2 95% em ar ambiente, FR 25 rpm, sem alterações respiratórias. Após as hipóteses de malária e COVID-19, visualizaram-se formas irregulares de Plamodium vivax no sangue periférico, RT-PCR para SARS-CoV-2 foi detectado no cycle threshold (Ct) 36, Hb 11,6 g/dL, Ht 36%, leucócitos 4.770/μl, plaquetas 39.100/μl, DHL 291 U/L, bilirrubina total de 6,68mg/dL (direta 4,76), Dímero D 4.240ng/mL, ferritina 1.141 ng/mL. TC de tórax evidenciou opacidades em vidro fosco e raras consolidações, esparsas e bilaterais, com distribuição predominantemente peribroncovascular com atelectasias laminares bilaterais, notadamente nos campos pulmonares superiores. Iniciado tratamento com primaquina e cloroquina e, no 2° dia de internação, evoluiu com dispneia e dessaturação, sendo iniciado cateter nasal de baixo fluxo a 3L/min. Pesquisa de hematozoários de controle foi negativa. Houve melhora gradual, recebendo alta.

Comentários

História clinico-epidemiológica detalhada é necessária para um diagnóstico correto e criar lógica para um plano de tratamento, principalmente, levando em consideração outras doenças contagiosas endêmicas em países tropicais. A Organização Mundial de Saúde OMS está monitorando a evolução da COVID-19 e precisa aconselhar os países com regiões endêmicas de malária na execução de políticas públicas de saúde. A alocação de recursos deve ser otimizada, sempre que possível, para garantir uma interrupção mínima no controle da malária, caso o gerenciamento da COVID-19 seja necessário.

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