Journal Information
Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
Full text access
CLOSTRIDIOIDES DIFFICILE E AS ADVERSIDADES ENFRENTADAS EM HOSPITAL TERCIÁRIO: CARACTERIZAÇÃO DE GDH E TOXINA A/B E SUAS RELAÇÕES COM A INDICAÇÃO DE TRATAMENTO
Visits
656
Pedro Guilherme Ferrari
Corresponding author
pedroferrarimedicina@gmail.com

Corresponding author.
, Durval Alex Gomes e Costa, Simone Gomes de Sousa, Pedro Paulo Gonçalves Lima, Andrea Sofo, Adilson Joaquim Westheimer Cavalcante, Juvencio Jose Duailibe Furtado
Hospital Heliópolis, São Paulo, SP, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

More info
Introdução

A infecção por Clostridioides difficile (CF) representa desafio em internações de pacientes com comorbidades e uso de antimicrobianos, com dados escassos no Brasil.

Objetivo

Avaliar internações por CF em hospital terciário e determinar suas condições associadas.

Resultados

Em 18 meses, 143 exames para CF solicitados foram considerados e 59 amostras hospitalares foram analisadas. Glutamato Desidrogenase (GDH) positivo para CF foi visto em 24,5% dos casos e Toxina A/B para CF em 13,2%. Homens representavam 60,4% dos casos, com 49,8 anos de média (15‒82 anos) e predomínio da faixa etária entre 60‒69 anos (22,6%). Sintomas infecciosos foram relatados em 96,2% dos pacientes, com 86,8% apresentando comorbidades. Idade >65 anos (30,2%), internação nos últimos 90 dias (28,3%) e neoplasia (28,3%) foram as mais comuns. Mortalidade em 30 dias foi de 11,3%. Houve relação importante entre óbitos e idade entre 60‒69 anos (OR=9,75 p=0,006); presença de neoplasia (OR=6,54, p=0,027); Toxina A/B positiva (OR=29,3, p=0,000); GDH positivo (OR=8,44, p=0,011); uso prévio de antimicrobianos (OR 1,95, p=0,023); uso de ceftriaxona (OR=29,3, p=0,000) e clindamicina (OR=23, p=0,002). Em 56,6% havia uso prévio de antimicrobianos, sendo a piperacilina tazobactam (18,9%) e ceftriaxona (13,2%) os mais frequentes. O tratamento de CF foi realizado em 49,1% dos pacientes, com uso de metronidazol (88,5%) e vancomicina (11,5%). Pacientes com neoplasia tiveram maior chance de ser tratados (OR=4,2, p=0,026). Entretanto, houve menor chance de tratamento se GDH ou Toxina A/B negativos (OR=0,7 e OR=0,5 com p=0,004 e p=0,000, respectivamente). Houve correlação entre doença cardíaca (OR=17,3 e p=0,001), uso prévio de antimicrobianos (OR=14,6 p=0,002), ceftriaxona (OR=5,48 p=0,003) e GDH (OR=16,5 p=0,031) ou Toxina A/B positivos (OR=7,8 p=0,013). O GDH para CF facilita a identificação, mas o uso ainda é confundido, já que tratamentos são propostos mesmo em pacientes com exames negativos e outras causas de diarreia. Algumas condições como doença cardíaca tiveram maior chance de positividade de GDH neste estudo. A sintomatologia é essencial para discutir tratamento se GDH positivo nesses casos, mesmo com toxina negativa.

Conclusão

A associação de GDH e Toxina A/B para CF auxilia na discussão de casos, mas o treinamento de equipes e a avaliação de situações de risco devem ser sempre prioritárias no acompanhamento de pacientes com risco aumentado de colite pseudomembranosa.

Palavras-chave:
Clostridioides difficile
Glutamato desidrogenase (GDH)
Toxina A/B
Tratamento
Full text is only aviable in PDF
Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools