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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
EP 136
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CASOS NOTIFICADOS DE PARALISIA FLÁCIDA AGUDA NO ESTADO DE RONDÔNIA E A ASCENSÃO DO MOVIMENTO ANTIVACINA: PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO ENTRE 2010 E 2021
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Adolpho Ramsés Maia Costa, Carlene Alves Feitosa, Nayara Rocha dos Santos, Thayanne Pastro Loth, Alexsandro Klingelfus
Centro Universitário UNIFACIMED, Cacoal, RO, Brasil
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Introdução/Objetivo

A paralisia flácida aguda, também conhecida como poliomielite, é uma doença infecciosa altamente contagiosa de notificação compulsória causada pelo poliovírus, principalmente por transmissão oral-fecal, responsável pela paralisia infantil e morte de milhares de crianças no mundo. Em 1994, o Brasil recebeu o certificado de erradicação dessa doença, o qual o êxito se deu por meio das campanhas de vacinação. No entanto, com a ascensão nos últimos anos do movimento antivacina - ameaça a saúde pública com espectro negacionista e anticiência -, houvera aumento de casos registrados em território nacional, fato extremamente preocupante, uma vez que doenças anteriormente erradicadas tendem a ressurgir devido às negligências do corpo social. O seguinte trabalho descreve o perfil sociodemográfico de crianças até 15 anos diagnosticadas e notificadas com paralisia flácida aguda em Rondônia, entre 2010 e 2021, concomitante a evolução da descrença nas políticas de saúde pública através da vacinação.

Metodologia

Trata-se de um estudo descritivo, com base em dados secundários extraídos da ficha de notificação de paralisia flácida aguda no Sistema de Notificação e Agravos (SINAN), disponibilizados pelo DATASUS.

Resultados

Entre 2010 e 2021, foram notificados no estado de Rondônia, 107 casos, sendo 63 (58,8%) do sexo masculino e 43 (40,1%) do sexo feminino; 32 (29,9%) são brancos, 7 (6,5%) são pretos, 66 (61,6%) são pardos e 2 (1,8%) são indígenas; 7 (6,5%) >1 ano, 37 (34,5%) entre 1-4 anos, 33 (30,8%) de 5-9 anos, 30 (28%) de 10-14 anos. Em relação ao encerramento dos casos, 90 indivíduos (84,1%) obtiveram cura sem sequela, 4 (3,7%) obtiveram cura com sequela, 12 não preenchidos (11,2%) e óbito por outra causa 1 (0,9%).

Conclusão

É imprescindível elaborar estratégias de saúde voltadas ao combate de movimentos ideológicos anticiência, como o antivacina, para que doenças como a paralisia infantil não retornem as pautas da saúde pública no país, visto que a imprudência da não vacinação contribui para a fragilização - seja física ou mental - das crianças acometidas pelo poliovírus, principalmente as que se encontram fora de políticas assistencialistas, como Bolsa Família, no qual há exigência do cartão atualizado de vacinação.

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