XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
More infoAnalisar o impacto da vacina adsorvida difteria, tétano e coqueluche (pertússis acelular) nos casos confirmados de coqueluche no Brasil.
MétodosEstudo ecológico de série temporal realizado por meio de dados extraídos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) provenientes do Sistema de Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI/CGPNI/DEIDT/SVS/MS) nas regiões brasileiras entre 2012 a 2022. Os participantes foram brasileiros de ambos os sexos de 0 a 80 anos. As variáveis analisadas foram: faixa etária, coberturas vacinais por ano segundo região, casos confirmados de coqueluche. As variáveis foram analisadas por meio da estatística descritiva.
ResultadosForam registrados um total de 31.149 casos confirmados de coqueluche. Houve variações no número de casos ao longo dos anos, com um pico de 8.498 casos em 2015. A Região Sudeste apresentou o maior número de casos, totalizando 12.806, seguida pela Região Nordeste (8.004) e Região Sul (6.353). A faixa etária mais afetada foi a de crianças menores de 1 ano, com 18.263 casos, seguida pela faixa etária de 1 a 4 anos, com 5.181 casos. Ao analisar as coberturas vacinais por região, observamos variações ao longo dos anos. Os anos com maior cobertura vacinal foram em 2013 (94,53%) e 2014 (90,93%), sendo que nesses anos também ocorreram altos números de casos de coqueluche.
ConclusãoA coqueluche continua sendo um desafio de saúde pública no Brasil, com variações no número de casos ao longo dos anos. Embora os anos com maior cobertura vacinal não tenham necessariamente correspondido aos anos com a maioria dos casos, a vacinação é fundamental para reduzir a incidência da doença. As faixas etárias mais afetadas corroboram com a literatura: crianças menores de 1 ano e crianças de 1 a 4 anos. É necessário fortalecer a vigilância epidemiológica e a qualidade dos dados notificados, visando a um melhor monitoramento e controle da coqueluche no país.