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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 30 (December 2018)
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11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 30 (December 2018)
OR‐56
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CARGA PLASMÁTICA RESIDUAL DO VÍRUS DA HEPATITE B E EXPOSIÇÃO À TERAPIA ANTIRRETROVIRAL EM PACIENTES COINFECTADOS PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA EM UM AMBULATÓRIO UNIVERSITÁRIO
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Leonardo Weissmann, Camila M. Picone, Michele S. Gomes‐Gouvêa, Alex Jones Cassenote, Aluisio C. Segurado
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Data: 19/10/2018 ‐ Sala: 6 ‐ Horário: 15:40‐15:50 ‐ Forma de Apresentação: Apresentação oral

Introdução: A terapia antirretroviral (TARV) determinou diminuição da incidência de Aids e da mortalidade em pessoas que vivem com o vírus da imunodeficiência humana (PVH). Outras comorbidades assumiram, consequentemente, maior relevância no cuidado integral a esses indivíduos. Destaca‐se, nesse contexto, a infecção crônica pelo vírus da hepatite B (VHB), dada a influência negativa que a infecção pelo HIV tem sobre a história natural da doença nos coinfectados. Sabendo‐se que drogas antirretrovirais podem também inibir a replicação do VHB, justifica‐se analisar o impacto da TARV no manejo da hepatite B nessa população

Objetivo: Avaliar a frequência de viremia residual pelo VHB entre indivíduos coinfectados com HIV em uso de antirretrovirais e fatores a ela associados.

Metodologia: Em estudo transversal de série de casos, acompanhada em ambulatório especializado no cuidado a PHV em São Paulo, avaliaram‐se pacientes com coinfecção HIV/VHB, idade acima de 18 anos e em uso de TARV por mais de seis meses. Não houve critério de exclusão. Coletaram‐se dados sociodemográficos, de exposição ao HIV e VHB e clínico‐laboratoriais por meio de entrevistas e revisão de prontuários. A viremia do VHB foi aferida por RT‐PCR quantitativo. Nos casos de viremia do VHB > 900UI/mL, fez‐se sequenciamento para identificação de mutações conferidoras de resistência aos antivirais.

Resultado: Foram atendidos 2.946 pacientes no serviço em 2015, 83 foram elegíveis para o estudo, dos quais 56 puderam ser avaliados. Viremia do VHB foi identificada em 16 (28,6%) deles (IC95%: 18,0‐41,3%) e todos faziam uso de lamivudina e tenofovir no momento de inclusão no estudo. Mostraram‐se diretamente associadas à viremia residual do VHB: menor escolaridade (p=0,015), antecedente de doença definidora de Aids [OR: 3,43 (IC95%: 1,10‐11,50); p=0,040]; AgHBe reagente [OR: 6,60 (IC95%: 1,84‐23,6); p=0,003]. Por outro lado, encontraram‐se inversamente associados: a última contagem de linfócitos T CD4+ > 500 células/mm3 [OR: 0,18 (IC95%: 0,04‐0,71); p=0,016] e anti‐HBe reagente [OR: 0,21 (IC95%: 0,04‐0,99); p=0,043]. Nos quatro pacientes que apresentaram viremia pelo VHB > 900UI/mL, foram identificadas mutações com perfil de resistência total à lamivudina e parcial ao entecavir.

Discussão/conclusão: Mesmo em uso de TARV, porcentagem significativa dos pacientes coinfectados permanece com carga plasmática residual do VHB. A caracterização dos fatores associados a esse desfecho pode orientar os profissionais no manejo mais apropriado desses indivíduos.

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