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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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CARACTERIZAÇÃO DOS CASOS DE SÍFILIS GESTACIONAL E SÍFILIS CONGÊNITA NOTIFICADOS NO MUNICÍPIO DE UBERABA/MG ENTRE OS ANOS DE 2012 A 2022
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Maysa de Oliveira Rosa Duarte
Corresponding author
d201820548@uftm.edu.br

Corresponding author.
, Gustavo de Freitas Mendonça Gontijo, Wellington Francisco Rodrigues, Aline Dias Paiva
Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Uberaba, MG, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/Objetivo

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada por Treponema pallidum. Nos últimos anos, o número de casos de sífilis aumentou consideravelmente no município de Uberaba, sendo a terceira cidade mineira com maior número de notificações de sífilis gestacional. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi caracterizar os casos de sífilis gestacional e congênita notificados no município de Uberaba/MG, entre os anos de 2012 a 2022.

Métodos

Neste estudo foram avaliadas três variáveis relacionadas à sífilis gestacional (teste diagnóstico, esquema de tratamento, tratamento do parceiro) e três variáveis vinculadas à sífilis congênita (faixa etária, raça e sexo). Essas variáveis foram obtidas a partir das fichas de notificação disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).

Resultados

No período avaliado foram notificados 915 casos de sífilis em gestante, sendo que 871 (95%) tiveram VDRL reativo, 4 (0,43%) não reativo, 7 não realizaram o teste diagnóstico (0,76%) e 33 (3,6%) foram ignorados. Essas porcentagens revelam a sensibilidade do teste não treponêmico VDRL, em que 95% das gestantes portadoras de sífilis obtiveram positividade no rastreio desta IST. No que se refere ao esquema de tratamento, 494 gestantes (53,98%) realizaram o tratamento preconizado, 208 (22%) foram ignorados ou não preenchidos na ficha de notificação, 159 (17%) pacientes usaram outro esquema de tratamento e 54 (5,9%) não realizaram nenhum tratamento. Apenas 219 parceiros (23,93%) destas gestantes foram tratados, 277 não realizaram nenhum tratamento (30,27%) e em 419 fichas de notificação não havia a informação (45,6%). Em relação à sífilis congênita foram notificados 493 casos, sendo 490 (99,39%) casos em menores de 1 ano, 2 (0,4%) casos com 1 ano e 1 (0,2%) caso com 7 anos. Dessas crianças, 170 (34,4%) foram declaradas brancas, 43 (8,72%) pretas, 1 (0,2%) amarela, 126 (25,6%) pardas e 153 (31%) ignorados ou em branco. Observou-se também que 235 (47,7%) crianças eram do sexo masculino e 242 (49%) do sexo feminino (em 16 (3,24%) dos casos notificados não havia informação sobre tal variável).

Conclusão

A baixa porcentagem de tratamento dos parceiros está aliada à maior probabilidade de reinfecção da gestante. Assim, ações que visem a divulgação de informações a respeito de sífilis e o treinamento dos profissionais de saúde têm sido conduzidas no município e espera-se reduzir o número de casos dessa IST nos próximos anos.

Palavras-chave:
Treponema pallidum Sífilis Educação em saúde Atenção primária
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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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