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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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CARACTERIZAÇÃO DA RESISTÊNCIA AOS CARBAPENÊMICOS E À POLIMIXINA B EM ISOLADOS DE KLEBSIELLA PNEUMONIAE ATRAVÉS DE TÉCNICAS MOLECULARES
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Rafael Vecchi, Carlos Henrique Camargo, James Venturini
Universidade Estadual Paulista (UNESP), Botucatu, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S2
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Introdução

Klebsiella pneumoniae extensivamente droga-resistente está associada à infecções graves de diversos sítios com altas taxas de morbidade e mortalidade; a determinação dos mecanismos pelos quais essa bactéria desenvolve a resistência, bem como sua compreensão epidemiológica, são de extrema importância no manejo terapêutico e em ações de controle para essas infecções.

Objetivo

Realizar a caracterização molecular de 90 isolados de K. pneumoniae resistentes aos carbapenêmicos e à polimixina B obtidos de amostras clínicas de pacientes tratados em um hospital terciário localizado na cidade de Bauru/São Paulo.

Método

Os isolados são provenientes de um banco biológico de amostras armazenadas no setor de Microbiologia do referido hospital. As identificações fenotípicas e testes de sensibilidade foram realizados pelo método automatizado Vitek Compact 2®; em seguida, os isolados foram submetidos à técnica de PCR Multiplex visando identificar a presença dos genes plasmidiais que conferem resistência aos carbapenêmicos blaKPC, blaNDM, e blaOXA-48, e à polimixina B, mcr-1 à mcr-5, bem como à técnica de PFGE para determinação de sua clonalidade.

Resultados

Das 90 amostras, 83 expressaram o gene blaKPC; entretanto, não foram encontrados os genes blaNDM, blaOXA-48 e mcr-1 à mcr-5. Além disso, foram identificados 5 clusters distintos e, dentro destes, várias subdivisões. A identificação fenotípica de resistência aos carbapenêmicos foi confirmada pelos ensaios de biologia molecular que identificaram o envolvimento do gene blaKPC; esse gene é responsável por expressar uma enzima hidrolítica que confere resistência a todos os antimicrobianos β-lactâmicos. Apenas sete amostras não demonstraram a presença de genes relacionados à carbapenemases, sugerindo que sua resistência aos carbapenêmicos seja devida a alterações na permeabilidade da membrana celular associadas à hiperprodução de β-lactamases do tipo AmpC ou ESBL. Interessantemente, não foram encontradas amostras com a presença dos genes plasmidiais mcr-1 à mcr-5, sugerindo que a resistência às polimixinas ocorra por mecanismos cromossomais, devido a mutações ou adaptação a estímulos ambientais adversos.

Conclusão

Esses resultados são relevantes por contribuir na compreensão do perfil epidemiológico da instituição, bem como demonstrar a presença e disseminação de plasmídios de resistência à drogas de amplo espectro, e devem conduzir à medidas eficazes de controle de sua disseminação.

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