A Dengue é uma doença transmitida por um vetor artrópode. O principal vetor que dissemina a doença no Estado de Goiás é o Aedes aegypti. O vírus da dengue (DENV) apresenta quatro sorotipos virais distintos (DENV-1 ao DENV-4), causando reinfecções por sorotipos heterólogos. A infecção pode ser assintomática, no entanto, casos sintomáticos apresentam sinais e sintomas como: cefaleia, adinamia, mialgias, artralgias, dor retro-orbitária, anorexia, náuseas, vômitos e diarreia. Em 2024, várias regiões do Brasil entraram em estado de emergência devido ao aumento do número de casos graves. Portanto, estudos de investigação que associam casos de infecção primária ou secundária com os sintomas clínicos, se tornam relevantes, pois a reinfecção pode induzir o desenvolvimento da dengue grave.

Correlacionar os sinais e sintomas com os casos confirmados de Dengue primária ou secundária.

Estudo do tipo caso-controle realizado com 106 indivíduos com sinais e sintomas sugestivos de infecção pelo DENV. Foi realizado o teste rápido para detecção do antígeno NS1, e dos anticorpos IgM para confirmação de doença aguda, e IgG para confirmação de doença pregressa. Foi realizada uma entrevista para preenchimento de formulário sociodemográfico, o qual abordou questões sobre histórico e hábitos de vida, assim como sinais e sintomas da infecção. O presente estudo foi aprovado pelo CEP, CAAE 36430120.4.3001.8058 e parecer número 4.369.851.

Participaram 106 indivíduos com sinais e sintomas sugestivos de infecção por DENV, dos quais 85,8% eram residentes de zona urbana. Essa população foi testada para os testes NS1, IgM e IgG para confirmação da doença. Do total dos participantes, 45 indivíduos foram confirmados com infecção por DENV, sendo que 15 (14,15%) indivíduos apresentaram IgM positivo e 30 (66,6%) indivíduos tiveram resultado positivo para NS1. Anticorpos IgG foram detectados em 24 (53,3%) indivíduos. Os sintomas mais prevalentes entre os 45 indivíduos positivos para DENV foram: febre (71,1% dos casos), artralgia (73,3%), cefaleia (66,6%) e náuseas (51,1%).

De acordo com a classificação de gravidade da infecção pelo Ministério da Saúde, os participantes do presente estudo apresentaram fase febril com sinais clássicos, o que corrobora com a literatura.

O presente estudo tem o financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).