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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-013
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CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E SOCIODEMOGRÁFICAS DA COVID-19 EM JOVENS COM DESFECHO FATAL NA 1ª VERSUS 2ª ONDA: UM ESTUDO COMPARATIVO
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João Paste Silva, Mariana Souza Santos Oliveira, Gabriel Freitas da Silva, Ana Beatriz Rodrigues de Lira, Matheus Henrique Santana Toledo Piza Pimentel, João Felipe Vasconcelos Anjos, Acácia Mayra Pereira Lima, Luis Eugênio de Souza, Áurea Angelica Paste, Viviane Sampaio Boaventura
Instituto Couto Maia, Salvador, BA, Brasil; Instituto de Saúde Coletiva (ISC), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, Brasil; Fiocruz, Salvador, BA, Brasil
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Introdução

A pandemia da COVID-19 tornou-se o maior problema de saúde pública dos últimos 100 anos, apresentando ondas desde que iniciou a propagação. As características sociodemográficas e clínicas possuem variações entre as ondas e entre os países. Ao comparar a Primeira Onda (PO) com a Segunda Onda (SO), uma inconstância nos relatos é observada. Ainda assim, um importante dado comum é a maior frequência de pessoas menores de 50 anos acometidos na SO, inclusive, indo a óbito.

Objetivo

Analisar a diferença básica entre a PO e a SO com foco local. Além dessa diferenciação geral, o presente trabalho também objetiva avaliar as características clínicas e sociodemográficas dos pacientes menores que 50 anos e que evoluíram com desfecho fatal em ambas as ondas.

Método

Trata-se de uma coorte retrospectiva, realizada em um hospital público de referência estadual, que coletou dados de desfecho hospitalar e idade para todos os pacientes internados por COVID-19, além de dados sociodemográficos e clínicos de todos os pacientes menores de 50 anos e que evoluíram a óbito na unidade durante o período de 01/03/2020 a 01/06/2021. Para o tratamento estatístico foram utilizados o Teste de Qui-quadrado, para variáveis categóricas, e o Teste de Mann-Whitney, para variáveis numéricas.

Resultados

Dentro do período proposto, foram coletados dados de 3.875 pacientes, sendo 230 os pacientes menores de 50 anos e com desfecho fatal (113 na PO e 117 na SO). Em relação à PO, a SO apresentou menor letalidade (PO:29%, SO:22%; p < 0,01) e menor média de idade (diferença de 5,25 anos; p < 0,01). Em relação ao subgrupo de interesse, houve pouca diferença estatisticamente significante entre as ondas, exceto pelo Tempo de Internamento Hospitalar (de 9 para 13,5 dias, p < 0,01), incidência de Diabetes mellitus (de 29,2% para 16,2%, p < 0,01) e Hiperglicemia hospitalar (de 54% para 71,8%; p < 0,01).

Conclusão

A SO foi caracterizada por menor letalidade e acometimento de pacientes mais jovens. Ao estratificar para o subgrupo de pacientes menores que 50 anos e com desfecho fatal, observou-se uma segunda onda composta principalmente por homens mais saudáveis, além de uma doença menos severa. O surgimento da variante gamma, a curva de aprendizado no manejo da doença entre as ondas, uma primeira onda mais letal e severa e a maior disponibilidade de recursos hospitalares no segundo momento podem ter contribuído para as diferenças observadas.

Ag. Financiadora

CNPQ.

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