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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 166
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BARREIRAS PARA A IMUNIZAÇÃO NA AMÉRICA LATINA E COVID-19
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Esmailyn Castillo Santanaa, Margareth Catoia Varelaa, Yocastia de Jesús Arámbolesb, Anabel Tejada Almontec, Ángel García Rodríguezd, Víctor Martínez Núñeze, Sofía Sabatof, Anderson Suarez-Rodríguezg, Thainá Nogueira Anegueh, Hector Grajales Mosquerai, Erika Carpio Alvaradoj, Roxana Flores Mamania, Cecilia Gómez Zeballosk, Marcellus Dias da Costaa
a Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fiocruz, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
b Instituto Tecnológico de Santo Domingo, Santo Domingo, República Dominicana
c Universidad Autónoma de Santo Domingo, Santo Domingo, República Dominicana
d Universidad Católica Santa María La Antigua, Panamá
e Hospital Materno Infantil San Lorenzo de los Mina, Santo Domingo, República Dominicana
f Fundación del Centro de Estudios Infectológicos Dr. Stamboulian, Buenos Aires, Argentina
g EDP University of Puerto Rico, Porto Rico
h Centro de Referência da Assistência Social Maria Clara Machado, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
i Fundação Técnico Educacional Souza Marques, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
j Hospital Federal de Bonsuccesso, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
k Dirección Regional de Salud del Callao, Bellavista, Peru
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução

Nos últimos anos a América Latina tem experimentado uma redução importante das coberturas vacinais. Desde 2017, os surtos de febre amarela, sarampo e difteria que tem acontecido em diferentes países da região são consequências desta situação.

Métodos

Com o objetivo de determinar as barreiras para a imunização, o impacto da pandemia na percepção da vacinação e a aceitação da vacina contra a COVID-19, realizamos um estudo tranversal online que incluiu 9.487 participantes de 9 países da América Latina (Argentina, Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Honduras, México, Panamá e Peru). Todos os participantes responderam um questionario sobre seu histórico de imunização/motivos de não ter tomado as vacinas contra sarampo-caxumba-rubéola (MMR) e tétano-difteria (dT). Pessoas com doenças crônicas também responderam sobre a vacina contra Influenza; profissionais de saúde responderam sobre vacinas contra Hepatite B e Influenza. Pais de crianças menores de 15 anos responderam sobre a situação vacinal de seus filhos para o calendário completo, com destaque para vacinas contra Papilomavírus Humano (HPV), MMR e Influenza. Também foram respondidas perguntas sobre a influência da pandemia na percepção da vacinação e a aceitação da vacina contra a COVID-19.

Resultados

A principal barreira para a imunização contra sarampo-caxumba-rubéola e tétano-difteria, assim como contra Influenza para profissionais de saúde, foi o esquecimento da vacinação. Já para vacinas do calendário infantil, como HPV e MMR, e contra Influenza em adultos com doenças crônicas, o principal motivo foi o medo de eventos adversos. A pandemia teve impacto positivo em relação à mudança na percepção da vacinação para 12% dos participantes, o principal motivo dessa mudança foi “alguém próximo teve COVID-19 grave ou morreu devido a esta doença”. Mais de 80% dos participantes estavam dispostos a tomar a vacina contra a COVID-19.

Conclusão

Duas barreiras importantes para a imunização na América Latina são o esquecimento de vacinar-se e o medo de eventos adversos. Para reduzir a baixa adesão e melhorar as taxas de imunização é necessário adotar um sistema de lembrete eficaz e educar a população em relação à vacinação. Apesar da queda das coberturas vacinais nos últimos anos a grande maioria dos latino-americanos são a favor da vacinação e estão dispostos a tomar a vacina contra a COVID-19.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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