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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
ÁREA: INFECÇÃO EM IMUNODEPRIMIDOSOR-47
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BACTEREMIA POR AGENTES MULTIDROGA RESISTENTES EM PACIENTES COM LEUCEMIA AGUDA: IMPACTO DE MEDIDAS DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
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Marcello Lodi, Edson Abdala, Maria Emília Batista Souza, Karim Yaqub Ibrahim, Juliana Pereira, Vanderson Geraldo Rocha, Eduardo Magalhães Rego, Patricia Rodrigues Bonazzi
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S2
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Introdução

A neutropenia febril é a principal complicação infecciosa no paciente com câncer, atingindo 80% dos pacientes hematológicos em quimioterapia. As bactérias gram negativas que colonizam trato gastro-intestinal, como E. coli e K. pneumonie, são as mais encontradas e emergem com resistência a vários antimicrobianos, sendo associadas a alta mortalidade. Alguns estudos avaliam o impacto de medidas de controle de infecção, na redução de colonização e infecção associada à assistência à saúde, por bactérias multidroga resistentes (MDR).

Objetivo

Primário: Avaliar o impacto de um pacote de medidas de controle de infecção na redução de bacteremias por MDR em pacientes com leucemia aguda. Secundário: avaliar a os agentes isolados em hemocultura e a mortalidade por MDR.

Método

Estudo retrospectivo e unicêntrico do tipo antes e depois, desenvolvido no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. Incluídos pacientes com diagnóstico de leucemia aguda, maiores de 18 anos, admitidos entre setembro de 2018 a setembro de 2020. O estudo foi dividido em 2 períodos: pré e pós-intervenção. As medidas de intervenção foram: instituição de apenas um paciente por quarto, coorte de pacientes e funcionários colonizados ou infectados por bactérias MDR, adequação dos protocolos de limpeza, redimensionamento da equipe médica e de enfermagem, treinamento das equipes de saúde e controle do uso de antimicrobianos. A análise descritiva da amostra foi realizada através de medidas de frequência e tendência central. A diferença nas taxas de incidência nos dois períodos foi comparada pelo teste de chi².

Resultados

Foram internados 64 pacientes no primeiro período e 62 no segundo. Não houve diferença estatística na taxa de bacteremia por internação (37% vrs 36%, p 0,88). Entretanto, houve redução nas taxas de bacteremia por MDR no segundo período (25,2% vrs 14,2%, p 0,14). Não houve diferença na taxa de mortalidade por bacteremia (10% vrs 11%, p 0,99), com leve redução de óbitos por bacteremia por MDR no segundo período (9% vrs 5%, p 0,6). Quanto aos agentes, houve uma redução na frequência de E. coli MDR e K. pneumonie MDR (principais agentes isolados) e um aumento das cepas sensíveis.

Conclusão

A intervenção com medidas para controle de infecção em pacientes com leucemia demonstrou impacto na redução da incidência de bacteremias por MDR, e na mortalidade associada a infecção por estes microrganismos. Entretanto, não houve significância estatística, provavelmente pelo baixo número de casos incluídos.

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