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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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AVALIAÇÃO DO RISCO DE DOENÇA RENAL EM PACIENTES COM HIV EM TERAPIA ANTIRRETROVIRAL: IMPORTANTE IMPACTO DA BETA2MICROGLOBULINA NA DETECÇÃO PRECOCE
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Melissa Soares Medeiros
Corresponding author
melmedeiros@hotmail.com

Corresponding author.
, Clara Farias Otoni, Lygia Gomes de Alencar Araripe, Carlos Arthur Fernandes Sobreira, Naiara Lima Fontenele, Éden Moura Mendonça, Jullie Anne Melo Albuquerque, Rodrigo Carvalho Paiva, Pablo Antero Gomes de Matos, Thamires Menezes de Albuquerque, Thais Gomes de Matos Azevedo, Ana Karoliny Martins Ponceano, Isaac Dantas Sales Pimentel
Centro Universitário Christus (Unichristus), Fortaleza, CE, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/Objetivo

O objetivo deste estudo retrospectivo foi avaliar o risco de doença renal em pacientes vivendo com HIV e em uso de terapia antirretroviral, por meio da mensuração do biomarcador beta2microglobulina.

Métodos

Foi realizado um estudo retrospectivo não randomizado com amostra por conveniência, incluindo pacientes em acompanhamento em um ambulatório especializado que realizaram dosagem de beta2microglobulina como parte de seu exame de rotina.

Resultados

Foram avaliados 160 pacientes, sendo 66% do sexo masculino, com média de idade de 50,4 anos. A média de contagem de células CD4 foi de 634 cels/mm3, e 87,5% dos pacientes apresentaram carga viral abaixo do limite mínimo de detecção. A média de clearance de creatinina (ClCr) foi de 82, e a média de beta2microglobulina (b2m) foi de 2,5, sendo que 59% dos pacientes apresentaram valores acima do limite de referência (>2). Uso de terapia dupla 3TC/DTG, DTG/DRVr e ETV/DRVr as médias de ClCr 58,7 e b2m 2,9, sendo 86% >2. Diferença entre pacientes sem comorbidades (médias b2m 2,2 sendo 46,7% >2 e ClCr 87,3) e portando diabetes mellitus (DM) e/ou hipertensão arterial (HAS) (médias b2m 2,5 sendo 72% >2 e ClCr 79,5). PVH com Doença renal crônica (médias b2m 3,5 sendo 90% >2 e ClCr 52,7). Esquemas com AZT/ABV (médias b2m 2,6 sendo 100% >2 e ClCr 89) e TDF (médias b2m 2,2 sendo 52% >2 e ClCr 86,5). No que diz respeito aos esquemas de terapia contendo DTG, EFZ/VNP, DRVr e ATVr, observou-se em uso DTG (médias b2m 2,3 sendo 60% >2 e ClCr 76,3), EFZ/VNP (médias b2m 2,1 sendo 57% >2 e ClCr 90,4), DRVr (médias b2m 2,5 sendo 66% >2 e ClCr 85,8) e ATVr (médias b2m 2,8 sendo 52% >2 e ClCr 88,4). Os pacientes que apresentavam alteração de ClCr já estão em uso de terapias com menor toxicidade, mas é possível perceber elevação precoce em pacientes em uso de esquemas com nefrotoxicidade como TDF e ATVr, bem como em portadores de DM e HAS.

Conclusão

Os resultados obtidos neste estudo demonstram a relevância da mensuração do biomarcador beta2microglobulina na avaliação do risco de doença renal em pacientes com HIV em uso de terapia antirretroviral, representando importante marcador na detecção precoce principalmente em pacientes com comorbidades e esquemas contendo medicações nefrotóxicas.

Palavras-chave:
beta2microglobulina PVH Doença renal
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