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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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AVALIAÇÃO DO IMPACTO DE DIFERENTES ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO NA DECISÃO DE TOMAR VACINAS - ESTUDO DEBRA
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Vivian Iida Avelino-Silva, Ricardo Vasconcelos, Maria Eduarda Muniz Soares, Sofia Natalia Ferreira-Silva, Luiz Fujita Junior, Tainah Medeiros Matos, Carolina Alves Barbieri, Marcia Thereza Couto
Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S2
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Introdução

A hesitação a vacinas, definida como a relutância ou recusa em tomar vacinas apesar de sua disponibilidade, é uma das principais ameaças à saúde global na atualidade. Estratégias de comunicação para melhorar a adesão a vacinas recomendadas são urgentemente necessárias.

Objetivo

Avaliar o efeito de diferentes estratégias de comunicação sobre a intenção de receber vacina contra uma doença fictícia.

Método

Utilizamos um questionário de autopreenchimento divulgado por redes sociais. Os participantes foram alocados randomicamente em 4 grupos, com “exposição” a notícias com conteúdos distintos: 1) notícia com foco em informações sobre a doença; 2) notícia com foco em informações sobre a doença, com relato de caso; 3) notícia com foco em informações sobre a vacina; 4) notícia com foco em informações sobre a vacina, com relato de caso. Comparamos as porcentagens de participantes que declararam ter intenção de tomar a nova vacina em cada grupo, bem como as porcentagens de participantes que declararam ter intenção de administrar a vacina a seu(s) filho(s), utilizando o teste qui-quadrado.

Resultados

Entre agosto/2021 e janeiro/2022, 6769 participantes forneceram consentimento, dentre os quais 5233 inseriram dados demográficos básicos e foram incluídos no estudo; 790 declaram ser pais ou responsáveis legais por uma criança com até 5 anos. Os participantes eram em sua maioria brancos (79%) e com alta escolaridade. Não encontramos diferenças estatisticamente significantes entre os grupos em relação a variáveis sociodemográficas. Embora a maioria dos participantes tenha declarado intenção de tomar a vacina, a porcentagem foi maior entre participantes expostos à notícia com foco em informações sobre a vacina e com relato de caso incluído na notícia (91%, IC 95% 89-92%) e menor no grupo exposto à notícia com foco em informações sobre a doença sem o relato de caso (84%, IC 95% 82-86%). Em relação à intenção de vacinar seu(s) filho(s), a porcentagem foi novamente maior entre participantes expostos à notícia com foco em informações sobre a vacina e com relato, porém sem diferenças estatisticamente significantes entre os grupos (p=0,061).

Conclusão

Nossos resultados sugerem que notícias com enfoque em informações sobre a vacina e com relato de uma pessoa acometida pela doença têm maior eficácia em promover a vacinação. Estratégias efetivas de comunicação são ferramentas potenciais para mitigar a hesitação vacinal e seus impactos.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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