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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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(January 2022)
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AVALIAÇÃO DO IMPACTO DAS FAKE NEWS NO ÂMBITO DA SAÚDE PÚBLICA EM TEMPOS DE PANDEMIA PELO NOVO CORONAVÍRUS EM ARACAJU
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Gabrielle Barbosa Vasconcelos de Souzaa, Bruno José Santos Limaa, João Victor Passos dos Santosa, Caroline Nascimento Menezesa, Mariana Alma Rocha de Andradea, Gabriela de Queiroz Fontesb, Eduarda Santana dos Santosa, Ana Carla Cunha Menezesa, Mateus Lenier Rezendea, Elisandra de Carvalho Nascimentoa, Matheus Todt Aragãoa, Leonardo Santos Meloa, Catharina Garcia de Oliveiraa, Horley Soares Britto Netoa, Mikaela Rodrigues da Silvaa, Julia Nataline Oliveira Barbosaa, Ursula Maria Moreira Costa Burgosa
a Universidade Tiradentes, Aracaju, SE, Brasil
b Universidade Federal de Sergipe, Aracaju, SE, Brasil
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Introdução

No contexto da pandemia pelo vírus SARS-CoV-2, surge um forte agravante: as fake news. Por definição, constituem o grupo de notícias falsas disseminadas nos meios de comunicação. Este estudo teve como objetivo avaliar estatisticamente o alcance das fake news em Aracaju e o seu impacto na saúde pública.

Metodologia

Trata-se de um estudo descritivo, exploratório e observacional. A amostra obtida considera que ao menos 50% da população aracajuana tenha acesso direto e faça uso da internet como meio de comunicação e fonte informativa. Os dados foram coletados através de um questionário digital padronizado (Google Forms) e organizados no software Excel.

Resultados

Ao total, foram entrevistadas 266 pessoas. Dentre elas, 182 (71,1%) eram do sexo feminino e a idade teve como mediana 23 anos (21-26). Em relação ao grau de escolaridade, 165 (64,5%) tinham o ensino médio completo e o ensino fundamental incompleto. Conheciam o termo fake news 254 (99,2%) indivíduos e 165 (64,5%) afirmaram buscar informações sobre saúde na internet. Ainda, 138 (53,9%) constataram sempre conferir as informações recebidas antes de compartilhá-las. Acreditam às vezes nas informações sobre saúde que recebem via internet 113 (44,1%) indivíduos. Dentre as afirmações que circulam sobre o COVID-19, 225 (87,9%) acreditam que a ivermectina previne contra as formas mais graves do coronavírus; 205 (80,1%), que a hidroxicloroquina é eficaz na prevenção e cura da infecção pelo novo coronavírus e 169 (66%), que o número de casos e de óbitos por coronavírus é mentira. Acreditam que o uso de vitamina C e D previnem contra o novo coronavírus 159 (62,1%) entrevistados e 128 (50%), que isolar somente a população do grupo de risco seria suficiente. Afirmaram já ter feito algum método de prevenção indicado por essas notícias 71 (27,7%) indivíduos e 194 (75,4%), estar cumprindo as orientações do Ministério da Saúde quanto ao uso de máscaras e distanciamento social. Por fim, 238 (93%) acreditam que o distanciamento social ajuda no controle do número de casos de coronavírus.

Conclusão

As inverdades difundidas no campo da saúde comprometeram a adesão ao isolamento social, ao uso correto de EPI‘s em Aracaju e ao combate do COVID-19. Assim, é crucial que a população aracajuana verifique a veracidade dos conteúdos recebidos pelas redes sociais antes de fazer o repasse dessas informações, evitando, dessa maneira, riscos diretos à saúde do próprio indivíduo e dos outros ao seu redor.

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