O Conselho Federal de Medicina deixou a critério médico o tratamento da COVID-19. Os atuais consensos recomendam acompanhamento ambulatorial se não houver pneumonia viral, hipoxemia ou comprometimento de mais de 50% do pulmão à tomografia de tórax (TC). Visando buscar equidade com poucos recursos foi o criado um protocolo em Goiânia que recomenda sintomáticos e/ou exames para avaliar o grau inflamatório dos pacientes de maior risco ou piora clínica e encaminhar o paciente para TC de tórax (se indicada) na rede municipal. Em parceria com a Universidade Federal de Goiás, tria-se os casos para receberem oxímetros (levados por “motoboys”) e/ou atendimento presencial. Se saturação de oxigênio ≤ 94% inicia-se nas unidades de urgência dexametasona, oxigênio e profilaxia de trombose até surgir vaga em hospital ou UTI`s. Essa pesquisa foi para conhecer a opinião de médicos sobre o referido protocolo.
MétodosEntrevista usando a escala LIKERT, indicada na medida de opiniões (IC 95%, margem de erro 5%). Foi perguntado se o médico concordava que o Protocolo de Manejo de COVID -19 o ajudou na condução dos casos; se os exames facilitaram a identificar pacientes elegíveis para entrega de oxímetros; para atendimento presencial e para TC de tórax e na detecção precoce de pacientes com evolução desfavorável . RESULTADOS: Num total de 421 médicos, 157 responderam (amostra significativa). Mais de 70% consideraram que o protocolo ajudou muito na condução dos casos; bem como exames definidos nele; na identificação de pacientes elegíveis para entrega de oxímetros e na solicitação de TC de tórax; 80% que ele ajudou muito na identificação dos elegíveis para consulta presencial e detecção precoce de evolução desfavorável. 78% considerou favorável o papel da Atenção Primária na condução dos casos.
ConclusãoConstatou-se que o protocolo foi de grande ajuda na condução de casos da doença. Esse trabalho poderá incentivar futuros protocolos baseados em evidências no Brasil, mesmo não sugerindo o “Kit Covid”.