XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
More infoO desenvolvimento de novas alternativas terapêuticas para infecções causadas por Staphylococcus aureus torna-se cada vez mais necessário devido à dificuldade de profilaxias e tratamentos eficazes, além da alta taxa de mortalidade. O objetivo desse trabalho foi avaliar a combinação de um composto sintético com potencial antimicrobiano com vancomicina e linezolida contra Staphylococcus aureus em modelo in vitro e in vivo.
MétodosForam utilizadas duas amostras de S. Aureus: ATCC 29213 e a clínica USA300, e o composto recém sintetizado, peptídeo antimicrobiano: AJP-1-102. A metodologia do presente estudo é composta por ensaios in vitro, sendo eles o teste de concentração inibitória mínima, ensaio de checkerboard e capacidade de destruição de biofilme, e in vivo em modelo de infecção em larva de Galleria mellonella.
ResultadosO peptídeo antimicrobiano AJP 1-102 apresentou atividade bacterioestática e bacteriocida significativa com a concentração inibitória e bactericida mínima de 7,8 µg/mL para ambas amostras. O ensaio de checkerboard da associação da vancomicina com o peptídeo na amostra de S. aureus ATCC demonstrou efeito aditivo em duas combinações. A associação não apresentou resultado significativo na amostra clínica. A combinação do peptídeo com a linezolida também não obteve efeito sinérgico ou aditivo. O peptídeo e as combinações tiveram efeito redutor sob a formação de biofilme na amostra de S. aureus ATCC 29213.
ConclusãoA partir dos resultados, até o momento, é possível observar a atividade antimicrobiana significativa do peptídeo e uma possível sinergia em baixas concentrações com a vancomicina em S. aureus in vitro. O efeito em baixas combinações evita a toxicidade da vancomicina e reduz o custo da medicação. Sendo assim, a associação de compostos com antimicrobianos de uso clínico parece ser a grande estratégia na luta contra microrganismos preocupantes do ambiente hospitalar.