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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐387
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AVALIAÇÃO CLÍNICO‐LABORATORIAL DAS ENDOCARDITES EM UM HOSPITAL PRIVADO: O QUE MUDA?
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Vivian Masuti Jonke, Manfredo Naritomi, Graziella Hanna Pereira
Hospital Nipo‐Brasileiro, São Paulo, SP, Brasil
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Introdução: Endocardite é uma doença sistêmica associada à alta mortalidade e morbidade. Mudanças epidemiológicas têm sido descritas em vários estudos nos últimos anos. O estudo dos aspectos clínicos e epidemiológicos das endocardites nos últimos 5 anos em um hospital geral, poderia nos dar o entendimento dessas mudanças.

Objetivo: Avaliar os aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais das endocardites em um hospital geral.

Metodologia: Levantamento de dados clínicos e laboratoriais dos pacientes com diagnóstico de endocardite, no Hospital Nipo‐Brasileiro no período de 2014‐19, através do sistema eletrônico.

Resultados: Foram avaliados 32 pacientes, incidência de 8‐10 endocardites por 100.000 internações/ano, sexo masculino 19 pacientes (59%), idade média 59 (17‐91 anos). Tempo de internação: 60 dias (variação de 17‐199). A maioria dos pacientes (96%) apresentavam comorbidades, sendo as cardiopatias (38%), insuficiência renal (34%), HAS (27%), neoplasias (17%), doenças neurológicas (17%) e diabetes (14%). Em 81% foram identificados os agentes etiológicos, S. aureus e Staphylococcus coagulase‐negativo (SCN) 42%, S.viridans 11,5%, S. bovis e S.galollyticus 8%, Enterococcus 10%, etiologia polimicrobiana 8%, Grupo HACEK e Bacilos Gram‐negativos (BGN) ocorreram em 11,5% e fungos isolados ou associados com bactérias em 15%. Foram consideradas endocardites hospitalares em 66%. O acometimento das válvulas mitral e aórtica ocorreu na maioria dos pacientes em 19 (65,5%), e válvula tricúspide e parede de átrio D (31%).

O tratamento foi individualizado devido a variedade de microrganismos, presença de prótese e as comorbidades. Esquemas com penicilina, ampicilina, oxacilina e ceftriaxone (38%), com vancomicina, daptomicina e teicoplanina:34%, esquemas amplos incluindo polimixina, meropenem, equinocandinas e anfotericina lipossomal em 20%. Antecedente de prótese cardíaca foi identificado em 9 (28%). As complicações da endocardite ocorreram em 27%, sendo embolização cerebral, esplênico, periférico em membros os mais frequentes. Submetidos a cirurgia em 14 pacientes (44%), sendo que dos que tinham prótese 67%. A taxa de mortalidade foi 15,6%.

Discussão/Conclusão: Houve predominio de endocardite hospitalar, em pacientes com muitas comorbidades, uma baixa incidência de S.viridans e alta de Staphylococcus, BGN e fungos, com terapêutica diversa e combinada, alta incidência de cirurgia e baixa mortalidade. O conhecimento da epidemiologia local, diagnóstico e a intervenção cirúrgica precoce, melhora a sobrevida nesta patologia grave.

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