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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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AUTONOMIA REPRODUTIVA E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS: NARRATIVAS DE MULHERES VIVENDO COM HIV
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Cindy Ferreira Limaa,
Corresponding author
cindy.lima@usp.br

Corresponding author.
, Adriana Rafaela Mendes Belizotib, Cleo Chinaiab, Nádia Zanon Narchia, Silvia dos Santosb
a Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil
b Universidade Santo Amaro, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução

A vivência da sexualidade saudável, com autonomia reprodutiva, perpassa pelo conhecimento tanto do próprio corpo, quanto dos métodos contraceptivos. Ter acesso a informações adequadas pode contribuir para melhor qualidade de vida, de modo especial, dentre aquelas mulheres que vivem com HIV (MVHIV).

Objetivo

Analisar, a partir narrativa de MVHIV, o conhecimento sobre métodos contraceptivos.

Método

Análise temática qualitativa de entrevistas narrativas, realizado no software Iramuteq, a partir da aplicação da Classificação Hierárquica Descendente. A amostra foi composta por 10 mulheres vivendo com HIV, entrevistadas entre 1/11/2020 e 1/11/2022, assistidas em um SAE, em São Paulo. CEP 3.139.029 – SMS/SP e 3.081.173 – EE-USP/SP.

Resultados

A partir da análise, destacou-se a categoria prevenção da gravidez. Dentre as palavras que se destacaram nesta categoria, identificamos feminino (chi2 = 44,84), método (chi2 = 24,98), contraceptivo (chi2 = 20,63), fácil (chi2 = 14,67), injeção (chi2 = 8,11) e preservativo (chi2 = 5,77), que deram origem a subcategoria Autonomia reprodutiva. Ao analisar o contexto, foi possível o resgate dos seguintes relatos: “O psicólogo me ensinou a usar o preservativo feminino, nunca tive acesso e nem conhecimento, mas ele me mostrou como usar (N8)”; “O preservativo feminino nunca usei por aflição, de ter que introduzir, vi uma vez na TV. Sempre escolhi o mais fácil, que é a pílula ou a injeção, mas para não ficar naquela coisa de horário, de faltar tomar, mudei para injeção justamente porque, vai lá na farmácia, toma e depois esquece, mente tranquila (N1)”; quando era mais nova, em escolas mesmo, sempre ensinavam, porque a camisinha feminina existe já há muito tempo. Até cheguei a usar algumas vezes. Às vezes vai para balada, já vai com ela, porque vai que você está bêbada e acontece alguma coisa, já está com ela, já está protegida (N7).”

Conclusão

Embora se observe conhecimento sobre métodos contraceptivos que fortalecem autonomia das MVHIV, chama a atenção a forma como este foi acessado, sendo a origem das informações diversas, não tendo menção nos discursos os serviços de saúde ou profissionais da assistência. É necessário compromisso dos profissionais de saúde que realizam o seguimento clínico do HIV com a disponibilidade de informações qualificadas sobre contracepção e saúde sexual como componente fundamental na prática da assistência à saúde das mulheres.

Palavras-chave:
HIV Mulheres Saúde Sexual Saúde Reprodutiva Profissionais da Saúde
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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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