Journal Information
Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
Full text access
ASPERGILOSE PULMONAR CRÔNICA EM PESSOAS QUE VIVEM COM HIV: UMA SÉRIE DE CASOS
Visits
680
Beatriz Nobre Monteiro Paiatto
Corresponding author
biapaiatto@hotmail.com

Corresponding author.
, Julia Ferreira Mari, Adriana Satie Gonçalves Kono Magri, Marcello Mihailenko Chaves Magri, Vítor Falcão de Oliveira
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

More info
Introdução/Objetivo

A Aspergilose Pulmonar Crônica (APC) é uma doença progressiva causada por Aspergillus spp. majoritariamente em pacientes imunocompetentes com doença pulmonar crônica subjacente. Raramente a APC é descrita em Pacientes que Vivem com HIV (PVHIV), sendo encontrada essa associação apenas em séries e relatos de casos. A infecção pelo HIV não tratada pode levar à imunossupressão e aumentar o risco de aspergilose. Nosso objetivo é avaliar as características clínicas, diagnóstico, tratamento e desfechos da APC em PVHIV.

Métodos

Série de casos de pacientes diagnosticados com APC em PVHIV, com base nos critérios do ESCMID/ERS 2016, com acompanhamento em um hospital terciário na cidade de São Paulo-SP, durante o período de 2012 a 2023.

Resultados

O estudo incluiu 7 pacientes, maioria era do sexo masculino (n=6). A idade variou de 25 a 59 anos. A condição pulmonar mais importante foi Tuberculose (TB) (n=5), sendo 3 pacientes com TB ativa concomitante com APC, e 2 pacientes com TB prévia. Encontramos também micobactérias não tuberculosas (n=1), criptococose pulmonar (n=1) e actinomicose pulmonar (n=1) como doenças pulmonares associadas. No momento do diagnóstico de APC, a maioria tinha CD4 <200 células/mm³ (n=6), com 3 pacientes com carga viral indetectável. Em relação às manifestações clínicas, 2 pacientes eram assintomáticos. Os sintomas mais comuns reportados foram: tosse (n=5), hemoptise (n=4), dispneia (n=4) e febre (n=4). O melhor método de diagnóstico de APC foi a histologia por biópsia do pulmão (4/5, 80%) e sorologia por imunodifusão (4/6, 67%). A galactomanana sérica foi positiva em 2 pacientes (2/6, 33%), considerando o ponto de corte de 1,0. Em relação ao tratamento, 6 pacientes foram tratados com antifúngicos, comumente com itraconazol (n=4), e 4 pacientes foram submetidos a tratamento cirúrgico. Após 12 meses do diagnóstico, houve apenas 1 óbito.

Conclusão

Apesar da APC ser incomum em PVHIV, esta infecção fúngica pode estar presente em indivíduos com quadros pulmonares crônicos, principalmente com diagnóstico prévio ou concomitante com quadro atual de TB pulmonar ou outras doenças oportunistas não comumente descritas na literatura, condição altamente prevalente em indivíduos infectados por HIV. O grau de imunossupressão nessa amostra era intenso, o que pode explicar uma menor sensibilidade encontrada da sorologia. O tratamento da APC foi a combinação de antifúngicos, associados ou não com tratamento cirúrgico.

Palavras-chave:
Aspergilose
HIV
imunossupressão
fungos
Full text is only aviable in PDF
Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools