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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS NOTIFICADOS DE SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DO AMAPÁ DE 2020 A 2022
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Paulo de Oliveira Netoa,
Corresponding author
paulodeoliveira14@hotmail.com

Corresponding author.
, Carolline Alves Ibiapinoa, Denise Tavares Camara do Nascimentob, Higor Netto Roizenblitc, Gabriela Gonçalves de Medeiros Dela Biancad, Pedro Arthur Gonçalves de Medeiros Dela Biancae, Alex André Lelis da Costaa, Arieta de Souza Barros Valesa, Emanuelle Portal Moraesa, Thaiane dos Santos Oliveiraa
a Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá, AP, Brasil
b Universidade Potiguar (UnP), Belo Horizonte, MG, Brasil
c Faculdade São Leopoldo Mandic, Araras, SP, Brasil
d Centro Universitário Facisa (UNIFACISA), Campina Grande, PB, Brasil
e Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campina Grande, PB, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução

A sífilis congênita é uma infecção resultante da transmissão da sífilis materna, causa pela bactéria Treponema pallidum para o feto e tende a cursar com complicações como abortamentos, surdez, cegueira, más formações fetais e morte do feto. No amapá, ainda há poucos estudos sobre essa condição e entendendo a importância de conhecer a distribuição destes casos, se faz necessário conhecer o perfil epidemiológico envolvido nessa patologia.

Métodos

Estudo epidemiológico observacional do tipo análise de série temporal, realizado por meio da análise de dados extraídos do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DVIAHV) e os selecionados foram as gestantes, independente da faixa etária, com sorologia positiva para sífilis das quais também houve o exame positivo no neonato. As variáveis analisadas foram: faixa etária, escolaridade, realização de pré-natal, momento do diagnóstico, esquema de tratamento da gestante, evolução, e óbitos por meio de estatística descritiva.

Resultados

Observaram-se 1.142 casos de sífilis diagnosticada em gestantes no período analisado, sendo que 520 (45,53%) culminaram na infecção do feto pela sífilis. Dentre essas, houve predomínio da faixa etária entre 20-29 anos com 289 casos (55,57%) com maiores taxas em pardas 453 (87,11%) e com ensino médio incompleto 106 (20,38%) sendo que 354 gestantes (68,07%) realizaram o pré-natal e o momento de maior diagnóstico da sífilis materna foi no parto/curetagem 264 (50,76%) e o esquema de tratamento materno em 439 pacientes (84,42%) foi inadequado. Ademais, 57 dos casos (10,96%) evoluíram com natimorto por sífilis.

Conclusão

Os resultados reforçam a relação do contato com as Infeções Sexualmente Transmissíveis (IST) com a baixa escolaridade, ao passo que a desinformação da saúde sexual entra como um fator que corrobora para o contato com as IST antes ou durante a gestação. Não só isso, como também, as políticas de diagnóstico e tratamento realizadas no pré-natal apresentam fragilidades haja visto que, em grande parte das pacientes, o diagnóstico da sífilis materna foi tardio mesmo com o pré-natal. Condição está, sobretudo por um possível tratamento ineficaz que por vezes deixa de englobar a parceria da gestante, o que cursa com a possibilidade de reinfecção e permanência da bactéria para transmissão. Desse modo, é de suma importância uma maior ênfase na saúde sexual da gestante desde a atenção primária de saúde.

Palavras-chave:
Sífilis Congênita Transmissão Vertical de Doenças Infeccio Infecções Sexualmente Transmissíveis Morte Fetal
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