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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM ENCEFALITE VIRAL NO BRASIL ENTRE 2018 E 2022
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Igor Macedo Pinto
Corresponding author
igor_macedo2010@hotmail.com

Corresponding author.
Universidade Salvador (UNIFACS), Salvador, BA, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/objetivos

A encefalite viral, processo inflamatório do parênquima encefálico, tem como principais agentes etiológicos vírus dos grupo herpes, arbovírus -dengue, em especial- e enterovírus, de acordo com a competência imunológica do paciente. Clinicamente se apresenta de forma aguda com disfunções neurológicas, que variam segundo a faixa etária e etiologia. Devido à alta morbimortalidade, desafios do controle sanitário e acesso à saúde é necessário traçar o perfil epidemiológico da encefalite viral no público pediátrico brasileiro, 0 a 19 anos.

Métodos

Estudo transversal, retrospectivo e descritivo realizado a partir da coleta de dados estratificados por unidade de federação, sexo, cor/raça e faixa etária sobre internações hospitalares e mortalidade, disponibilizados pelo Sistema de Morbidade Hospitalar (SIH/SUS – DATASUS) entre 2018 e 2022. Os critérios de exclusão foram as informações não compatíveis com as variáveis em questão. Para a análise dos dados, foi utilizado o software Microsoft Office Excel® 2016.

Resultados

Foram notificadas 4.859 internações de crianças e adolescentes por encefalite viral, no Brasil, entre 2018 e 2022, sendo Pernambuco o estado com maior número de internações (12,25%), seguido de São Paulo (11,22%) e Maranhão (8,17%). Pardos (46,96%), de 1-4 anos (35,36%), homens (55,69%), mulheres (44,31%) é o perfil nacional de maior acometimento da doença. A letalidade média nacional foi (2,20%) tendo os estados do Pará (7,04%), Alagoas (6,25%) e Piauí (5,97%) com maiores índices. Os menores marcadores de morbidade e mortalidade, respectivamente, foram Amapá (0,28%) e Paraná (0,29%).

Conclusão

Conhecer o perfil de vulnerabilidade, através do internamento, possibilita a análise de fatores preventivos, como desempenho da vigilância sanitária no controle de endemias e acesso/qualidade dos serviços de saneamento básico, visto as origens das transmissões virais. A expressiva letalidade, sobretudo das unidades federativas que detém maiores índices, propõe a necessidade de estudos posteriores para avaliar o acesso aos serviços de saúde e efetividade do diagnóstico e abordagem terapêutica, fatores que sugerem melhor prognóstico da doença, como também auxiliam no desenvolvimento de políticas públicas sociais e de saúde por todas as esferas –município, estado e nação- garantindo à todos gozo amplo da cidadania e o fortalecimento do Sistema Único de Saúde.

Palavras-chave:
Encefalite viral SUS Perfil epidemiológico Pediatria
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