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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA FEBRE MACULOSA NO BRASIL NO SETÊNIO DE 2013 E 2020
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Verônica Silva Furlania,
Corresponding author
veronicasilvafurlani@gmail.com

Corresponding author.
, Isabella Pasqualottob, Júlia Duarte Dieguesc, Amanda Maria e Silva Coelhod, João Pedro Rosa Barroncase, Débora Alves Pereiraf, Thayane Moraes Lazaroni Dalpériog, Ana Beathriz Barros de Azevedo Araújoh, Martina Olivieri Pace Pereirag, Lucas de Oliveira Barbosac, Luiza Barreto de Carvalhoi
a Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Guarapuava PR, Brasil
b Centro Universitário de Várzea Grande (UNIVAG), Várzea Grande, MT, Brasil
c Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora, Juiz de Fora, MG, Brasil
d Faculdade de Medicina Estácio, Juazeiro, BA, Brasil
e Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Manaus, AM, Brasil
f Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Erechim, RS, Brasil
g Centro Universitário de Valença (UNIFAA), Valença, RJ, Brasil
h Universidade Potiguar (UnP), Natal, RN, Brasil
i Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Itabuna, BA, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/objetivo

A Febre Maculosa é uma doença febril súbita e de rápida progressão, cuja similaridade com outras patologias dificulta o diagnóstico precoce e favorece a alta taxa de mortalidade. É causada pela picada de carrapatos infectados pela bactéria Rickettsia sp., de forma que o ciclo evolutivo de junho a setembro afeta a incidência da patologia. No Brasil, entre 2013 e 2020 a letalidade foi cerca de 34,71%, demonstrando ser uma infecção de atenção pública. Logo, propõe-se analisar o perfil epidemiológico da Febre Maculosa no Brasil durante o período de 2013 a 2020.

Métodos

Estudo epidemiológico descritivo observacional sobre Febre Maculosa no Brasil de acordo com o ano de ocorrência, estado de infecção, região de notificação, faixa etária, sexo, evolução do caso e autóctone no período de 2013 a 2020, com coleta de dados pelo DATASUS com tabulação a partir do programa TABNET fornecidos pelo SINAN. As variáveis foram analisadas por meio da estatística descritiva.

Resultados

O total de casos confirmados de Febre Maculosa foi de 1.544, sendo 88,34% (n = 1.364) diagnosticados por critérios laboratoriais. Houve sazonalidade pelos meses de Outubro (14,37%, n = 222), Setembro (13,14%, n = 203) e Agosto (11,13%, n = 172) com pico anual em 2019 (15,99%, n = 247). As notificações dos casos foram mais prevalentes na região Sudeste (71,50%, n = 1.104) e 37,24% (n = 575) das infecções ocorreram no município de São Paulo. Foi observado que 84,77% dos casos eram autóctones (n = 1.309) e 35,81% foram infectados em ambiente domiciliar (n = 533). Os pacientes eram 71,11% (n = 1.098) do sexo masculino e 35,42% (n = 547) tinham entre 40 a 59 anos. No decorrer da infecção, 34,71% (n = 536) evoluíram para óbito pelo agravo enquanto 58,54% (n = 904) progrediram para cura.

Conclusão

A doença possui predomínio pela região do Sudeste e também autóctone pela mesma, isso indica que ações para melhorar a eficácia diagnóstica devem ser intensificadas nesta região com a finalidade de ser instaurado o tratamento precocemente. Ademais, o período de maior incidência, outubro, setembro e agosto, corresponde ao ciclo reprodutivo dos carrapatos, sendo característico de um mantenedor da sazonalidade. Por fim, a alta taxa de mortalidade corrobora com a literatura das Américas, 25% a 35%, diretamente proporcional ao tempo de início do tratamento. Logo, o ainda elevado índice de óbitos no país mostra que a Febre Maculosa ainda é uma doença que necessita de maior atenção pública de saúde.

Palavras-chave:
febre maculosa perfil epidemiológico Brasil
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