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Vol. 28. Issue S1.
IV Congresso Goiano de Infectologia
(July 2024)
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IV Congresso Goiano de Infectologia
(July 2024)
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A PERSISTÊNCIA DO DESAFIO: ESTUDO DA PREVALÊNCIA DA MICROCEFALIA ASSOCIADA À INFECÇÃO CONGÊNITA PELO ZIKA VÍRUS EM GOIÁS (2018-2022)
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Luisa Miranda Zafalão, Sales José Lopes Gonçalves Rosa, Marcela Costa de Almeida Silva, Isabela Moraes Borges, Nara de Melo Mesquita e Siqueira, Hélio Ranes de Menezes Filho
Universidade Federal de Jataí, Jataí, GO, Brasil
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Vol. 28. Issue S1

IV Congresso Goiano de Infectologia

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Introdução

O Zika Vírus (ZIKV) é um flavivírus integrante da família Flaviviridae, transmitido por mosquitos do gênero Aedes. Embora sua infecção cause um quadro assintomático ou de síndrome febril autolimitada para a maioria da população, a infecção materna e a transmissão vertical estão associadas a condições graves como aborto espontâneo, natimortalidade, microcefalia e outras malformações congênitas. Desde a sua identificação no Brasil em 2015, o ZIKV desencadeou um aumento relevante na incidência de microcefalia no país, com uma taxa 9,8 vezes maior em relação aos anos anteriores, conforme os registros do SINASC (Sistema Brasileiro de Informação sobre Nascidos Vivos). Atualmente, a microcefalia no Brasil afeta 2 em cada 10.000 nascidos vivos (NV), mantendo níveis alarmantes no país e em Goiás. Diante da ausência de drogas ou vacinas específicas, a prevenção é a principal estratégia para combater a propagação do vírus.

Objetivo

Analisar a prevalência de microcefalia em NV após a exposição materna ao ZIKV no estado de Goiás-BR no recorte temporal de 2018 a 2022.

Metodologia

Este é um estudo transversal, retrospectivo e observacional que utiliza dados do DATASUS (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde), incluindo o RESP (Registro de Eventos em Saúde Pública) e o SINASC.

Resultados

O estado de Goiás, localizado na região Centro-Oeste do Brasil, registrou 468.458 NV pelo SINASC no período de 2018 a 2022. No mesmo período e região, o RESP registrou 203 (0,04%) notificações de recém-nascidos com alterações congênitas relacionadas com a infecção materna por ZIKV. Destes, 116 (57,1%) apresentaram somente microcefalia, 24 (11,8%) com microcefalia e alteração do Sistema Nervoso Central (SNC), 24 (11,8%) com microcefalia e outras alterações congênitas, 17 (8,4%) com outras anomalias congênitas sem microcefalia e 22 (10,8%) casos não foram informados. Portanto, o estado de Goiás registrou 164 casos de microcefalia associados ao ZIKV, resultando em uma prevalência de 3,5 casos por 10.000 NV.

Conclusões

Os resultados obtidos destacam a manutenção do ZIKV como um importante desafio de saúde pública em Goiás nos dias atuais, evidenciado pela alta taxa de prevalência da microcefalia em NV associada ao vírus no estado, que é 1,75 vezes maior que a taxa geral de microcefalia no Brasil. Assim, é crucial enfatizar a disseminação das medidas preventivas e o desenvolvimento de vacinas e medicações capazes de reverter esse cenário preocupante.

Palavras-chave:
Microcefalia
Zika Vírus
Infecção por Zika Vírus
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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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