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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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VIGILÂNCIA DAS PARALISIAS FLÁCIDAS AGUDAS COMO AÇÃO DE ENFRENTAMENTO DA POLIOMIELITE. ANÁLISE DE SÉRIE DE CASOS DE HOSPITAL TERCIÁRIO DE REFERÊNCIA NO ESTADO DE SÃO PAULO
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Lucas de Noronha Lima
Corresponding author
lucasnl@unicamp.br

Corresponding author.
, Mariani de Lima Garcia, Matheus Oliveira Póvoa, Thais Cristina Faria Pacheco, Amanda Tereza Ferreira, Michele de Freitas Neves Silva, Nanci Michele Saita Santos, Elisa Donasilio Teixeira Mendes, Pedro Augusto Vasconcellos, Marcia Teixeira Garcia, Mariângela Ribeiro Resende, Christian Cruz Hofling, Rodrigo Nogueira Angerami
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução

A Paralisia Flácida Aguda (PFA) caracteriza-se por arreflexia, hipotonia, espasmos musculares e pode gerar atrofia muscular. Sua causa de maior importância em saúde pública é a poliomielite. No Brasil, a circulação do vírus selvagem não ocorre desde 1990, certificando sua eliminação em 1994 pela Organização Pan-Americana da Saúde. Considerando que a doença não está erradicada do globo, a queda nas coberturas vacinais e que o Brasil hoje é considerado um país de muito alto risco para surtos, há necessidade de fortalecimento das ações de vigilância epidemiológica das PFA. Nesse contexto, este estudo analisa os indicadores da vigilância de PFA em hospital terciário de referência regional no estado de São Paulo.

Metodologia

Estudo descritivo de uma série de casos notificados para PFA entre 2007 a 2023 pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital de Clínicas da UNICAMP (NVE/HC/UNICAMP) a partir de dados coletados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, do Gerenciador de Ambiente Laboratorial, do SighWeb e do AGHUse do HC/UNICAMP.

Resultados

No estudo foram identificados 29 casos de PFA, todos hospitalizados. O tempo médio entre o primeiro dia de sintomas e a notificação foi de 12 dias, entre internação e notificação 4 dias e entre o início do quadro e a coleta de fezes, 14 dias. A coleta de amostra de fezes foi realizada em 23 pacientes, sendo 61% no intervalo oportuno até 14 dias. Dos resultados, 15 vieram negativos, 3 cancelados, 3 pendentes e 2 sem pesquisa para poliovírus. Houve coleta de líquor para 26 casos e eletroneuromiografia realizada em 10 pacientes. Reavaliação neurológica após 60 dias foi documentada em 31% dos casos. 24% dos casos encerrou-se como cura com sequelas, 34,5% cura sem sequelas, 34,5% evolução ignorada e 7% não preenchidos. Dentre os diagnósticos finais, 3 apresentaram etiologia infecciosa, 17 inflamatória, 1 vascular, 1 neoplásico, 2 indeterminado e 5 sem informação.

Conclusão

Ainda que exista vigilância estruturada com capacidade de detecção e notificação oportuna de casos suspeitos, mantêm-se os desafios para coleta apropriada de amostras biológicas para pesquisa do poliovírus. Ademais, grande número de casos de PFA não é investigado para outros agentes e não recebe seguimento ambulatorial. Essa análise destaca a necessidade de aprimorar os fluxos operacionais e ferramentas vigentes de vigilância de PFA, garantindo adoção de medidas oportunas para manter a poliomielite como doença eliminada no país.

Palavras-chave:
Paralisia Flácida Aguda Poliomielite Vigilância Epidemiológica
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