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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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STAPHYLOCOCCUS AUREUS RESISTENTE À METICILINA DE COLONIZAÇÃO NASAL DE PACIENTES INTERNADOS EM UTIS DE UM HOSPITAL DO RIO DE JANEIRO NA PANDEMIA DE COVID-19: ASPECTOS ASSOCIADOS À VIRULÊNCIA E À TOLERÂNCIA AOS SANEANTES
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Thaís Campos Macharete
Corresponding author
thaismacharete@gmail.com

Corresponding author.
, Tamara Lopes Rocha de Oliveira, Evellyn Max Guedes, Gabriel Freire Igari, Andryelle Cristina de Sant'Ana, Claudia Regina da Costa, Adriana Lúcia Pires Ferreira, Simone Aranha Nóuer, Fernanda Sampaio Cavalcante, Kátia Regina Netto dos Santos
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução

Staphylococcus aureus possui amplo repertório de fatores de virulência e capacidade de formação de biofilme. A colonização prévia por cepas de S. aureus Resistentes à Meticilina (MRSA) é fator de risco para desenvolvimento de infecções invasivas, que apresentam prognóstico reservado. Na pandemia de COVID-19 houve maior uso de antimicrobianos e saneantes, com pressão seletiva sobre os microrganismos, acarretando possível resistência a estes agentes.

Objetivo

Avaliar a prevalência de genes de virulência e a produção de biofilme, assim como a tolerância a saneantes em amostras MRSA isoladas de swabs nasais de vigilância de pacientes internados em UTIs de um hospital durante a pandemia. Métodos: A espécie foi confirmada por MALDI-TOF-MS. A confirmação da resistência à meticilina foi realizada por disco difusão e o tipo de SCCmec por PCR. A presença de genes associados a virulência [toxinas (pvl e cluster egc: seg, sei, sem, sen, seo) e adesinas (ebps, fnbpB, cna, bbp, sasX)] e a saneantes (qacA/B e smr) foram detectados por PCR. A formação de biofilme foi avaliada em placas de microtitulação.

Resultados

De um total de 10.408 pacientes internados entre setembro/2020 e setembro/2021 nas UTIs COVID (UTIc) e não-COVID (UTInc), 256 swabs foram positivos para S. aureus, sendo 79 da UTIc e 177 da UTInc. Entre as 93 (36,3%) amostras MRSA, 33 (41,8%, 33/79) eram da UTIc, e 57% destas carreavam o SCCmecIV enquanto 33% tinham o tipo II. Entre as 60 (33,9%, 60/177) amostras MRSA da UTInc, 78,3% e 16,6% carreavam os SCCmecIV e II, respectivamente, sendo demonstrada uma correlação do tipo IV com a UTInc (p<0,01). Os genes de virulência ebps, cluster egc, fnbpB e cna foram detectados em mais de 50% das amostras. O gene fnbpB e o cluster egc foram associados ao SCCmecII (p<0,01), enquanto o gene pvl ao SCCmecIV (p<0,01). O gene smr foi positivo em 65,5% das amostras, sendo mais frequente na UTIc (p<0,01). Em relação à produção de biofilme, 48,4% das amostras foram classificadas como fortes ou moderadas.

Conclusão

O estudo mostra alta frequência de genes de virulência e de tolerância à saneantes entre amostras MRSA isoladas nas UTIs durante a pandemia, além de muitas apresentarem alta capacidade de formação de biofilme. Esses aspectos indicam possível pressão seletiva e disseminação de amostras no ambiente hospitalar, muitas destas associadas à comunidade com SCCmec IV, e a necessidade de estratégias para prevenir a colonização por amostras multirresistentes.

Palavras-chave:
MRSA virulência saneantes
COVID-19 swab nasal
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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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