Journal Information
Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-026
Open Access
SÍNDROME DE MILLARD-GUBLER SECUNDÁRIA A DOLICOECTASIA DE ARTÉRIA BASILAR EM PACIENTE INFECTADO PELO HIV: RELATO DE CASO
Visits
3204
Daniel Andrade B.A. Sousa, Sávio Vinicius B. Amaral, Felício Mathias P.E. Miranda, Fabianna Marcia Mar Bahia
Hospital Universitário Professor Edgard Santos (HUPES), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, Brasil
This item has received

Under a Creative Commons license
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 26. Issue S2
More info
Introdução

Pessoas que vivem com HIV estão predispostas a eventos trombogênicos, incluindo AVE. Quando lesões isquêmicas envolvem a porção ventral da ponte, resultando em paralisia ipsilateral de nervo abducente e facial associadas a hemiparesia contralateral, está caracterizada a síndrome de Millard-Gubler.

Objetivo

Apresentar um caso de Síndrome de Millard-Gubler secundária a dolicoectasia de artéria basilar num paciente portador de HIV.

Método

A.S.J, 40 anos, masculino, vivendo com HIV há 05 anos, sem uso de TARV, apresentou quadro de hemiparesia (força 3/5) e hemiparestesia a direita, associado a paralisia facial periférica (desvio de rima labial, paralisia total de músculos da hemiface esquerda e estrabismo convergente à esquerda) e diplopia. Realizada tomografia computadorizada de crânio e análise do líquor sem alterações. Prosseguiu investigação com ressonância magnética de crânio com evidência de hipersinal em ponte à esquerda em Flair, sem realce ao contraste em T1, confirmando etiologia isquêmica da lesão. Na investigação do AVE, realizou doppler de carótidas e vertebrais com mínima placa em bulbo carotídeo sem estenose; ecocardiograma transtorácico com fração de ejeção de 69%, cavidades e espessuras normais, função sistólica biventricular e função diastólica de ventrículo esquerdo preservadas, além de ausência de trombos e vegetações; holter de 24h sem alterações; e angiotomografia de vasos intra e extracranianos com artéria basilar pérvia, difusamente ectasiada, medindo 0,8 cm de diâmetro, apresentando áreas focais de menores calibres de permeio, conferindo aspecto irregular; e áreas de ectasia e estenose em árterias cerebelares. Após realização dos exames a etiologia do AVE foi associada a dolicoectasia de artéria basilar.

Resultados

PVHIV estão em um estado de inflamação crônica, paradoxalmente no contexto de imunossupressão avançada, como também se observa em indivíduos com RVS, relacionados a ativação imunológica relacionada a interação vírus-hospedeiro. Esse estado se relaciona a maior risco de doenças cardiovasculares. Nesta população o AVE, pode ser causado por aterosclerose ou por um fenótipo de dolicoectasia arterial não aterosclerótica. A dolicoectasia está associada a maiores períodos de infecção pelo HIV, imunossupressão e manutenção de carga viral detectável no momento do óbito, o que reforça a hipótese de um componente inflamatório para o risco aumentado de AVE.

Conclusão

Esse caso reforça a importante de buscar a etiologia das síndromes neurológicas em PVHIV.

Full text is only aviable in PDF
Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools