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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-087
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RESULTADOS DA IMPLANTAÇÃO DE PESQUISA SEMANAL DE COLONIZAÇÃO DE BACTÉRIAS RESISTENTES A CARBAPENÊMICOS EM UTI NUM HOSPITAL PRIVADO DE SÃO PAULO
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Nataly Tiago Santos, Gloria Selegatto, Fernanda R.B. de Luca, Maiza Monteiro, Cristhieni Rodrigues, Priscila Palma Soares, Ana Paula Alves Coelho, Nayr Nascimento Machado
Hospital Santa Paula, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S2
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Introdução

A colonização por bactérias multirresistentes está relacionada ao maior risco de infecção por esse agente. Considerando a disseminação, principalmente dos gram-negativos resistentes a Carbapenêmicos, o isolamento precoce de pacientes colonizados ou infectados por esses agentes passa ser uma medida de prevenção importante dentro dos serviços de saúde.

Objetivo

Demonstrar os resultados após 6 meses da implantação de pesquisa semanal de colonização por bactérias resistentes a Carbapenêmicos (BGN Carba-R) nas UTIs de um hospital geral.

Método

Em outubro de 2021 foi iniciada a rotina de coleta semanal de swab anal para identificação de bactérias resistente a Carbapenêmicos de pacientes com internação hospitalar maior que 7 dias e que se encontravam em leitos de UTI. Pacientes com resultado de cultura negativa tinham a coleta repetida semanalmente até alta da UTI.

O isolamento de contato era iniciado apenas após resultado positivo do swab.

Pacientes que apresentavam isolado clínico com BGN Carba-R durante esse período eram excluídos de nova coleta.

Resultados

No período de 6 meses houve 237 indicações de coleta e 172 coletas efetivadas. Dessas, apenas 5 identificaram BGN Carba-R, resultando em uma positividade de 2%. Os agentes identificados foram 4 culturas com Klebsiella pneumoniae, 1 cultura com Citrobacter sp. E 1 cultura com identificação de Pseudomonas aeruginosa e Serratia marcescens na mesma amostra. Dentre os 5 pacientes com isolado de colonização, 3 pacientes apresentaram positivação de amostra clínica com mesmo agente posteriormente: um paciente com secreção traqueal (ST) com Klebsiella pneumoniae Carba-R após 106 dias do swab positivo, e dois pacientes com cultura clínica da mesma data do swab com ST positiva (uma Klebsiella pneumoniae Carba-R e uma Serratia marcescens Carba-R). O tempo entre a internação e resultado positivo variou de 10 a 66 dias, com mediana de 18 dias. Considerando a baixa positividade e o tempo até positividade, optou-se por, após esses resultados alterar a rotina para coleta semanal após o 14° dia de internação hospitalar.

Conclusão

A pesquisa de colonização semanal por BGN Carba-R em pacientes com internação prolongada é uma estratégia viável para isolamento precoce de pacientes ambiente de UTI. Considerando a baixa positividade e a mediana para positivação encontrada no nosso serviço, essa ação deve ser combinada com outras medidas para impactar a prevenção de transmissão cruzada de microorganismos multirresistentes.

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