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Vol. 28. Issue S3.
IX Congresso de Infectologia do Estado do Rio de Janeiro
(November 2024)
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IX Congresso de Infectologia do Estado do Rio de Janeiro
(November 2024)
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RELATO DE CASO: PARACOCCIDIOIDOMICOSE NA FORMA JUVENIL SUBAGUDA COMPLICADA EM SÍNDROME COLESTÁTICA
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Rafaela Galdino do Nascimento, Izabela Stroligo de Souza, Amanda Maria Milos Menusier, Pathrick Migueles Faé, Guilherme Marins Lima Sousa, Rachel Barcelos Gallas, Ana Cecilia Sartori Ferruzzi, Raphaela dos Santos Lima
Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, Brasil
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Vol. 28. Issue S3

IX Congresso de Infectologia do Estado do Rio de Janeiro

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Introdução

A Paracoccidioidomicose (PCM), é uma micose endêmica na América Latina, sobretudo no Brasil. Tipicamente rural, atualmente ocorre também na zona urbana. Causa sintomas respiratórios e sistêmicos, como tosse, dispneia, febre, sudorese noturna, perda de peso, astenia, lesões cutâneas, linfonodomegalias e visceromegalias. O objetivo do relato é abordar um caso de PCM grave associado à síndrome colestática.

Relato

T.E.L.V, feminino, 26 anos, branca, natural e residente de Niterói, previamente hígida, estoquista em hortifruti. Iniciou o quadro com astenia sem dispneia. Posteriormente, evoluiu com dor intermitente em hipocôndrio direito e febre vespertina diária de 39 °C, associada a sudorese noturna, calafrios, perda ponderal, icterícia, acolia fecal, colúria, náuseas e vômitos amarelo-esverdeados. Passou por três hospitais, nos quais realizou exames de imagem inconclusivos, apesar de sugerirem linfonodomegalia próximo ao hilo hepático. Foi transferida para o hospital de referência, onde realizou ecoendoscopia com biópsia linfonodal que diagnosticou PMC na Forma Juvenil Subaguda. Iniciou o tratamento com Cotrimoxazol EV, que causou pancitopenia, sendo substituído por Anfotericina B. Realizou-se CPRE, com instalação de stent plástico. A paciente, que já apresentava ascite, evoluiu com efeito compressivo da massa linfonodal necrótica, com necessidade de múltiplas paracenteses de alívio. Apesar de desnutrição grave e hipocalemia devido ao uso de diurético e Anfotericina B, substituída por Itraconazol, houve recuperação do peso, controle da ascite e dos distúrbios eletrolíticos. Mais tarde, foi submetida a nova CPRE para resolução completa da compressão extrínseca. Seguiu em acompanhamento pela infectologia, sob uso de Itraconazol e diurético. Atualmente, está em bom estado geral e sem sequelas.

Comentários

O quadro é compatível com a forma aguda/subaguda da PMC, com síndrome colestática e hipertensão portal por compressão extrínseca ocasionada pela linfonodomegalia periportal. Nesta forma clínica, há grande comprometimento do sistema fagocítico-monocitário, cursando com linfadenomegalias e visceromegalias. Além disso, a hipertrofia dos linfonodos mesentéricos pode levar à obstrução intestinal que, somada à colestase, contribui para má absorção intestinal, com piora do estado nutricional e menor absorção de fármacos orais, assim como no caso. A gravidade da forma juvenil subaguda da PMC atribui complexidade e dificuldade diagnóstica ao caso.

Palavras-chave

Paracoccidioidomicose, Hipertensão Portal, Relatos de Casos, Colestase.

Conflitos de interesse

Os autores declaram não haver conflitos de interesse relacionados a este estudo.

Ética e financiamentos

Não foi obtido consentimento escrito da paciente, pois o caso ocorreu aproximadamente um ano antes da redação deste trabalho. Entretanto, todas as informações foram tratadas de maneira confidencial e anônima, assegurando a privacidade da paciente em conformidade com os princípios éticos estabelecidos. Além disso, este relato de caso não recebeu qualquer tipo de financiamento.

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