A tuberculose, apesar de ser uma doença milenar, configura-se como uma epidemia global e ainda é um grave problema para a saúde pública. Ao longo dos últimos anos no Brasil, o número de casos e óbitos teve pouca variação, com leve redução, mas também aumento, sendo a forma mais comum a tuberculose pulmonar. O estudo objetiva descrever o perfil epidemiológico dos óbitos por tuberculose pulmonar dos pacientes internados no período de 2018 a 2022 e avaliar a variação entre os anos.

Estudo ecológico de série temporal realizado por meio da consulta aos dados do Sistema de Internações Hospitalares (SIH) disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS). Foram selecionados os dados dos óbitos de internação hospitalar por tuberculose pulmonar e taxa de mortalidade segundo Região/Unidade da Federação do Brasil no período de 2018 a 2022. As variáveis coletadas incluem: Região/UF de residência, Sexo, Raça e Faixa etária. Os dados coletados foram sistematizados, agrupados e calculados no software Excel®.

No período de 2018-2022 o Brasil registrou da morbidade da internação hospitalar 4189 óbitos por tuberculose pulmonar. As regiões Sudeste e Nordeste obtiveram os maiores números de óbitos correspondendo a, respectivamente, 2037 e 1055. As regiões com menos óbitos em ordem decrescente foram Sul, Norte e Centro-Oeste. Os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia obtiveram os maiores números com 991, 753, e 245, respectivamente. A faixa etária mais acometida varia principalmente entre 30 a 69 anos. O sexo masculino corresponde a mais da metade do número total de óbitos de 4189 no período, com 3223, comparado ao sexo feminino com 966. Os óbitos prevalecem na cor/raça parda, seguida da branca e do registro sem informação. Houve uma crescente no número de óbitos do país de 2018 a 2022, seguindo com 767, 773, 753, 890 e 1006 óbitos.

As regiões e estados diferem quanto a proporção do número de óbitos, tendo as Regiões Nordeste e Sudeste maior ocorrência dos óbitos. Dos casos totais do país o sexo masculino corresponde a mais de 70% dos óbitos. O número de óbitos tuberculose pulmonar no Brasil aumentou consideravelmente entre os anos de 2018 e 2022 aliado à prevalência na população.