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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE INDIVÍDUOS PORTADORES DE ESQUISTOSSOMOSE NO ESTADO DE PERNAMBUCO NO PERÍODO DE 2018 A 2022
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Luís Eduardo Moreira Melo
Corresponding author
edu.moreiram2070@gmail.com

Corresponding author.
, Joao Batista da Silva Neto, Antônia Victória Fernandes, Caio Othon Bortoletto, Bruna Rafaela da Silva Lemes, Ana Carolina de Oliveira Câmara, Maria Clara Silva Rocha, Vinicius Vianney feitosa Pereira
Faculdade de Medicina de Olinda (FMO), Olinda, PE, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/objetivo

A esquistossomose é uma parasitose causada por trematódeos do gênero Schistosoma spp. Seu contágio possui relação direta com más condições sanitárias, favorecendo a manutenção do seu ciclo biológico, cenário compatível com algumas regiões do Brasil onde a doença é considerada endêmica, como em Pernambuco (PE). Assim, essa afecção tornou-se um importante problema de saúde pública no país, sendo alvo de diversas ações voltadas à redução da sua prevalência e sua morbimortalidade. Diante disso, o resumo objetiva descrever o perfil clínico-epidemiológico da esquistossomose em PE entre 2018 e 2022.

Métodos

Trata-se de um estudo transversal, que utilizou dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), obtidos no TabNet Datasus, referentes aos casos de esquistossomose notificados em PE entre 2018 e 2022. Para o estudo, foram designadas variáveis sociodemográficas e clínico-epidemiológicas, tais como sexo, idade, raça, forma clínica e evolução da doença.

Resultados

O estudo constatou 777 casos de esquistossomose em PE neste período. Destes, 53,0% teve prevalência no sexo masculino, 28,4% na faixa etária dos 40 aos 59 anos e 68,4% em pretos e pardos. Esses dados alertam para uma resistência masculina, cultural, às ações de educação em saúde e para o acometimento relativamente considerável de pessoas economicamente ativas. Dentre suas apresentações clínicas, a mais prevalente foi a intestinal (28,3%) seguida da hepatoesplênica (12,7%), que é mais grave devido ao acometimento do fígado e do baço. Ambas ocorrem na fase crônica da doença, isto é, ou os casos não foram diagnosticados precocemente ou não tiveram tratamento efetivo. Ademais, constatou-se que 43,3% dos doentes evoluem para a cura e 9,52% para o óbito. É desconhecido, em 32,5% dos casos, qual foi o desfecho da doença, por falta de dados no sistema (assinalados como ignorados/deixados em branco). Isso pode ser associado ao fato de que, entre 2020 e 2022, os serviços de saúde estavam atentos na resposta à pandemia de COVID-19.

Conclusão

Os resultados obtidos denotam a importância da esquistossomose como um problema de saúde pública em Pernambuco, bem como a necessidade de direcionar esforços educativos e as ações de controle da endemia para os grupos populacionais mais vulneráveis. Portanto, esse resumo destaca a demanda contínua de medidas de controle e prevenção com ênfase na conscientização, diagnóstico precoce e acesso ao tratamento eficaz.

Palavras-chave:
Esquistossomose Pernambuco Epidemiologia
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