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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-133
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PENETRAÇÃO DOS ANTIRRETROVIRAIS NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) E ALTERAÇÕES NEUROCOGNITIVAS EM MULHERES INFECTADAS PELO HIV
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George Gonçalves Souza, Gabriela Silva Prates, Sandy Vieira Teixeira, Luisa O. Pereira, Mariana Amélia Monteiro, Carolina Fernandes Gualqui, Maria Rita Polo Gascon, Ana Paula R. Veiga, Alberto J.S. Duarte, Jorge Simão do R. Casseb
Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S2
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Introdução

A frequência de distúrbios neurocognitivos (HAND) atinge até 50% da população vivendo com infecção pelo HIV e as mulheres parecem ser mais afetadas. O escore CPE tem demonstrado correlação com a diminuição da carga viral liquórica do HIV e melhora cognitiva. Em adição, diversos estudos relataram uma associação entre o uso de Efavirenz com o declínio neurocognitivo.

Objetivo

Relacionar o regime de TARV, uso do efavirenz e a efetividade de penetração no SNC (CPE) com o desfecho de alterações neurocognitivas em mulheres vivendo com HIV (MVHIV).

Método

No total, 43 MVHIV acompanhadas no Hospital das Clínicas de São Paulo realizaram a avaliação neuropsicológica de 2019 a 2020. Os dados sobre o regime da TARV foram coletados em prontuários. O CPE foi determinado a partir do protocolo de manejo clínico para pessoas vivendo com HIV (dados pareados). Este desfecho compreende a categoria de comprometimento neurocognitivo assintomático (ANI), alteração neurocognitiva leve/moderada (MND) e demência associada ao HIV (HAD).

Resultados

Das 43 mulheres avaliadas, 17 (39,5%) apresentaram alteração cognitiva. 20,9% tem a forma ANI, 16,2% a forma MND e 2,2% a forma HAD. A média de idade, escolaridade e tempo de diagnóstico foi semelhante nos grupos. 88,4% dos indivíduos (38/43) apresentavam carga viral indetectável. 65,1% estavam em tratamento sem uso de efavirenz no momento da avaliação neuropsicológica e 48,8% foram tratados com TARV de eficácia de penetração no SNC superior a 6, porém não houve diferenças entre os grupos. Em ambas as variáveis não houve diferença estatística.

Conclusão

O tratamento combinado com efavirenz e demais TARVs, bem como a eficácia da penetração no SNC, não esteve relacionado às alterações neuropsicológicas em mulheres brasileiras infectadas pelo HIV da coorte em estudo. O que sugere que a causa da HAND pode ser multifatorial e outros fatores como escolaridade, comorbidades, neuroinfecções e início da terapia tardia devem ser considerados.

Ag. Financiadora

FAPESP E CNPQ.

Nr. Processo

2018/07239-2; GRANT JC: 301275/2019-0.

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